Revista Paint & Pintura - Edição 233

DISPERSÕES PIGMENTÁRITAS PAINT&PINTURA | Junho 2018 | 21 A As dispersões pigmentárias são uma evolução e o conceito de dispersões como um todo é uma grande tendência para o setor de tintas, isso devido a muitos motivos, mas com destaque para dois deles serem muito importantes: custo e qualidade, que fazem das dispersões pigmentárias na área de tintas e revestimentos se tornarem uma tendência globalizada e diferenciada. “O mercado brasileiro cada vez mais se aproxima dos merca- dos europeu e americano neste parti- cular, nos quais esta tendência já esta consolidada. Isto acontece, porque as dispersões pigmentárias oferecem ao fabricante de tintas a oportunidade de racionalizar seu processoprodutivo com qualidade e custo, visto que as mesmas são elaboradas e projetadas, no nosso caso pela Clariant, líder mundial na pro- dução de pigmentos orgânicos, desde a síntese dos pigmentos proporcionando às dispersões pigmentárias uma quali- dade diferenciada quando comparadas àquelas produzidas a partir do pigmento empó”, declara Valne Lucas Vieira, dire- tor da Clariquímica. Omercado brasileiro, ao optar cada vez mais pelas dispersões pigmentarias, sinaliza e reconhece que o empresário brasileiro está atento às melhorias de processos e custos, uma vez que essa opção confere à sua atividade industrial melhor qualidade, menor consumo de matérias-primas commenos perda, res- salta ainda Vieira. “Atento à elaboração de um processo industrial mais simples que o da dispersão de um pigmento em pó, o reprocesso praticamente inexiste, tornando mais fácil o manuseio das matérias-primas, com menos consumo de energia e melhor produtividade.” Os grandes fabricantes de tintas em muitos momentos preferem fabricar as próprias dispersões de pigmentos com o intuito de diminuir um elo da cadeia produtiva, porém esta estratégia é complicada de avaliar tendo em vista que existem empresas que são espe- cializadas neste tipo de matéria-prima, como por exemplo, a Lanxess, informa Ricardo Paulo, especialista em vendas da unidade de negócios Rhein Chemie. “As empresas especializadas fazemcom que os riscos envolvidos na produção se- jamminimizados, como erros na produ- ção, oscilação de tonalidades lote a lote e a aquisição do pigmento em pó. Os playersmenores, por sua vez, são os que têm maiores aceitação das dispersões de pigmentos em função da menor de- manda, ou seja, as dispersões de cores que são consideradas especialidades, como o caso dos pigmentos orgânicos, temumvolumemenor, portantoo custo de troca de cores no processo acaba por inviabilizar a produção interna.” Paulo ainda afirma que a tecnologia de uso de dispersões pigmentárias é ampla- mente difundida no mercado local para a aplicação em tintas. “A demanda pelo produto temse recuperado emum ritmomenor do que o crescimento da economia, tendo emvista que o mercado de construção civil é im- pactado diretamente pela econo- mia. Dessa forma, esperamos que com o crescimento da economia e umamaior atividade da construção civil, o consumo de tintas aumente e, consequentemente, aumente o consumo de dispersões de pig- mentos.” BENEFÍCIOS O mercado brasileiro de tintas já aderiu a essa tecnologia, segundo Marcelo Amaral Leite de Macedo, diretor comercial para América Latina da Sintequímica. “Aprimeira vantagemde utilização das disper- sões pigmentárias é a de eliminar da produção de tintas o processo que, de longe, toma mais tempo para ser concluído. Uma dispersão de pigmentos pode levar dias, se for de um color index mais duro. E os clientes entenderam que este tempo poderia ser usado para ser investido na fabricação de mais Valne Lucas Vieira, diretor da Clariquímica Marcelo Caetano, gerente técnico de pigmentos / preparações da Colormix

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