Revista Paint & Pintura - Edição 233

RESINAS EPÓXI PAINT&PINTURA | Junho 2018 | 63 mercadobrasileirode tintas epóxis industriais é bastante concentrado nas resinas epóxi de bisfenol-A de baixo peso molecular, conhecidas no mercado como resinas epóxi líquidas, e as resinas de alto pesomolecular, conhecidas como resinas epóxi sólidas. Algumas aplicações muito espe- cíficas também utilizam as resina epóxi de bisfenol-F, princi- palmente para resistência contra ácidos e também resinas epóxi novolacas, que sãomuito utilizadas para revestimentos de alta resistência química, informa Marcelo Rufo, gerente sênior de negócios para América Latina da Evonik. “Seguindo a tendência global de busca por soluções menos agressivas ao meio ambiente, nota-se uma crescente busca de sistemas epóxi solúveis em água, uma vez que essa tecnologia possibi- lita uma diminuição significativa de emissões de componentes voláteis e, consequentemente, reduzindo o impacto ambiental da aplicação de revestimentos industriais.” As resinas epóxi desempenham um papel de destaque no segmento de tintas devido às suas características, como alta resistência química, excelente adesão sobre substratos diver- sos e resistência contra a corrosão. “Sistemas epóxicos base solvente já são conhecidos desde o final da década de 1940 e o que se observou - e ainda se observa atualmente - é que essa evolução se trata de um processo contínuo e o mercado brasileiro, sendo um dos principais na América Latina, acom- panha toda essa evolução, pois os clientes são cada vez mais exigentes emtermos de qualidade”, afirma Thiago RibeiroGui- marães, gerente de negócios para a América Latina da Hexion. Vale observar que o segmento de agentes de cura para resinas epóxi também participa de tal evolução com o desenvolvi- mento demoléculas de alta tecnologia e de alto desempenho, ressalta ainda Guimarães. “Essa combinação de fatores permitiu que os desafios apresentados ao longo do tem- po pudessem ser superados. Mas isso não significa que não temos mais para onde evoluir, muito pelo contrário. As exigências se tornam cada vez mais desafiadoras e isso exige constantes investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Sistemas epóxicos base água já são realidade na Ásia, Europa e Estados Unidos, pois já está comprovado há muito tempo que essa tecnologia con- segue atingir níveis de qualidade superiores aos sistemas epóxicos base solvente. Nós já percebemos que em alguns países da América Latina sistemas epóxicos base água estão ganhando cada vezmais omercado de tintas. O Brasil neste momento, infelizmente, não acompanha essa evolução de maneira adequada, pois não existem legislações ambientais específicas que regulamentem o nível de emissões de VOC em tintas. O que percebemos são algumas necessidades pontuais feitas por empresas multinacionais que atuam localmente, mas desenvolvem os seus produtos combase nas regulamentações ambien- tais do seu país de origem.” Mauro Sergio da Silva, gerente técnico para a América Latina da Hexion, destaca que, globalmente, os grandes centros de consumo de tintas para aplicações industriais de forma geral estão muito orientados à diminuição drástica de VOC emtintas de aplicação industrial, especial- mente formulações que contêmepóxi como resina base. “Os Estados Unidos, Europa e China, principalmente, es- O Marcelo Rufo, gerente sênior de negócios para América Latina da Evonik Thiago Ribeiro Guimarães, gerente de negócios para a América Latina da Hexion

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