Show do Pintor Profissional - Edição 183

SHOW DO PINTOR • ABRIL 18 26 ARTIGO Os tons que escolhemos para pintar as paredes realmente são capazes de afetar o humor das pessoas e estimular sensações. Quem nunca pas- sou pela experiência de entrar em um ambiente e se sentir relaxado ou, ao contrário, entrou em um local e se sentiu mais desperto e energizado? Por isso é tão importante prestarmos atenção na hora de escolher a tinta das paredes da nossa casa, pois elas influenciam no astral dos cômo- dos. Apesar de não existir uma regra, o impor- tante na hora de definir a cor ideal para um am- biente é ter alguns pontos de partida. O primeiro passo é se perguntar: qual sensação quero trans- mitir naquele local? Tranquilidade, aconchego ou vivacidade? Depois disso, qual é a funciona- lidade do cômodo? Por exemplo, se o ambiente for um quarto, é preciso levar em consideração as atividades que serão realizadas por ali, como ler e até mesmo trabalhar, além do descanso. Já uma sala mais ampla pode ser utilizada para reu- nir os amigos, fazer refeições, assistir TV e outras situações em que as pessoas interagem bastan- te entre si. Em quartos, por exemplo, as pessoas costumam buscar cores que inspirem o aconche- go e o relaxamento, enquanto ambientes usados para o lazer costumam estar relacionados à ideia de descontração e sociabilidade. Algo para ser levado em consideração também é o estilo de quem vive ali ou tons que tenham um significado COMO UTILIZAR AS CORES PARA DESPERTAR DIFERENTES SENSAÇÕES? Ana Kreutzer, consultora de cores para a Suvinil emocional para aquele determinado morador. Após atribuir funcio- nalidade ao cômodo e pensar sobre essas sen- sações, chega a hora de definir a cor, e as opções para cada sensação são infinitas: Tranquilidade e relaxa- mento: as cores mais indicadas para quem quer transmitir calma em um ambiente são as mais claras, como tons de branco, pastel e azuis, mas há uma cor que se destaca: o verde. Na simbologia, o verde é considerado uma cor equilibrada. Entre o quente do vermelho e o frio do azul, o verde é fresco e agradável. Entre o seco do vermelho e o molha- do do azul, o verde é úmido. Ele acalma e traz segurança. Elegância e sofisticação: se a intenção é fazer com que o cômodo passe essa ideia - seja em uma biblioteca ou no quarto de uma pessoa mais séria, por exemplo - é indicado usar tons escuros, principalmente os azuis e violetas. Aconchego: os tons neutros e ligeiramente pig- mentados, como marrons clarinhos e puxados para o rosa ou o laranja são uma ótima pedida para tornar um cômodo mais acolhedor. Esses tons transmitem uma busca pelo natural e expri- mem o desejo comum de levar a natureza para dentro de casa, além de estabelecerem cone- xões mais profundas com a nossa essência e an- cestralidade. Descontração e alegria: para os locais da casa que são destinados a receber os amigos e fami- liares para confraternizações, uma boa ideia é optar por tons vibrantes, como vermelhos, ro- sas, azuis vibrantes, laranjas e amarelos. Essas cores estimulam a criatividade e a comunica- ção. Uma dica é que elas podem ser aplicadas em apenas uma das paredes do cômodo ou em móveis, como cadeiras e portas de armários, em contraste com o restante do ambiente, compos- to por tons mais neutros, como areia, bege cla- ro ou cinza. Depois de definir as cores a partir das sensações e da funcionalidade do ambiente, para o toque final basta personalizar a decora- ção da casa com sua cara, colocando fotos suas e da família e escolhendo objetos que conversem com o cômodo. Ana Kreutzer Foto: Karina Wlater

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