AkzoNobel apreasenta projetos focados em sustentabilidade

07/06/2017 - 16:06

Companhia trabalha para diminuir seu impacto ambiental, promovendo produtos à base de água e utilizando água de reuso

Tendo como marco o Dia Mundial do Meio Ambiente, que foi comemorado no último, dia 05 de junho, a divisão de Tintas Decorativas da AkzoNobel anunciou a operação, em sua fábrica de Mauá, na Grande São Paulo, de uma estação de tratamento de água de reuso - um investimento na ordem de R$ 10 milhões. Ao passar por processos físico-químico e biológico, mais a fase de ultrafiltração, o efluente surge com ótima qualidade, podendo, inclusive, ser reutilizado na produção de tinta. Além disso, a dona das marcas Coral e Sparlack iniciou, neste mês, o plantio de 12 mil mudas da Mata Atlântica em cerca de 6 hectares de sua Reserva Tangará, regulando o fluxo hídrico e melhorando a qualidade da água das nascentes. Com isso, a companhia passa a acelerar o uso de suas fórmulas à base de água (as quais têm menor impacto ambiental versus aquelas à base de solvente), enquanto utiliza menos água de suas nascentes (graças ao reuso da água na produção de tinta) e melhora a qualidade de seus produtos. Todas as iniciativas estão em linha com a estratégia de sustentabilidade global da AkzoNobel, chamada “Planet Possible” (“Planeta Possível”) - pela qual a empresa se compromete a fazer mais com menos - e focam em um ingrediente essencial: a água.

Líder no Índice Dow Jones de Sustentabilidade por quatro anos consecutivos (de 2011 a 2015) e entre os top 10 da categoria por 11 anos, a AkzoNobel trabalha para reduzir seus impactos ambientais, sendo um dos principais deles a emissão de compostos orgânicos voláteis (COV), que pioram a qualidade do ar e colaboram para o efeito estufa. Dessa maneira, a empresa promoverá diversas ações para que, até 2020, ao menos 20% de seus esmaltes, vernizes e especialidades sejam de formulação à base de água - praticamente dobrando o valor atual. Os benefícios são muitos, como sustenta Elaine Poço, diretora de Desenvolvimento e Sustentabilidade da AkzoNobel Tintas Decorativas para América Latina. “Um esmalte à base de água tem baixíssima emissão de COV: 90% menos em relação a um à base de solvente. Já as emissões de CO2 são 45% inferiores. E há benefícios também aos usuários: esses produtos não amarelam com o tempo, possuem secagem mais rápida e não têm cheiro. Em suma: com alta tecnologia agregada, eles oferecem ótimo desempenho com menor impacto ambiental”, argumenta.

Ao contrário do que se poderia supor, graças ao investimento na estação de tratamento de água de reuso, o aumento do portfólio de produtos à base de água não significará um consumo maior desse recurso natural. “Nós fabricaremos mais litros de produtos à base de água utilizando menos água das nascentes. Isso porque a nova estação nos permitirá reutilizar na produção de tinta mais água do que consumiremos com o aumento das vendas desses produtos”, reforça Daniel Campos, presidente da AkzoNobel Tintas Decorativas para América Latina. E completa: “Garantimos o uso racional deste ingrediente essencial que é a água com um olhar sobre seu ciclo completo. Estamos desenvolvendo ações e projetos inovadores, em um movimento contínuo e irreversível que pode ser sintetizado em uma grande iniciativa, ‘Água: Essência da Cor’”, explica. “Produtos à base de água, reuso da água e melhora da qualidade da água formam o tripé que fortalece e diferencia essa iniciativa”.

Reuso da água

Já em operação, a estação de tratamento de água de reuso, combina o processo físico-químico com o biológico, e ainda conta com a fase de ultrafiltração. De forma simplificada, o processo físico-químico consiste na adição de reagentes que promovem a decantação de partículas, o que forma um lodo mais facilmente removido. Esse material é enviado para reciclagem em outra empresa. Na sequência, o efluente sanitário junta-se ao efluente físico-químico para receber o tratamento biológico, que é o sistema de lodos ativados. As bactérias ali presentes degradam cerca de 90% dos poluentes orgânicos. As estações de tratamento convencionais geralmente param aí; a de Mauá, porém, possui um tanque com membranas de ultrafiltração. Os poros da membrana de 0,00008mm são capazes de reter até mesmo vírus e bactérias. “A qualidade do efluente pós-tratamento é bastante elevada. Isso indica que será possível reutilizar a água inclusive para fabricação de tinta”, declara Elaine. E adiciona: “Há diversas possibilidades, mas, para todas as opções levantadas, serão conduzidos testes a fim de garantir a segurança no processo fabril e a qualidade do produto final. É um trabalho que envolve diferentes áreas da empresa – Plantas Produtivas, Engenharia e Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento.” Atualmente, a água de reuso tem sido direcionada a tarefas como lavagem de pisos e equipamentos. Para 2017, há a previsão de reutilizar 10% da água gerada; em 2018, o índice subirá para 40%; e em 2020, a meta é atingir 100%.

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