Revista Paint & Pintura - Edição 244

DISPERSÕES PIGMENTÁRIAS PAINT&PINTURA | Junho 2019 | 47 produto pronto. “Este ano sentimos este desejo, inclusive em grandes empresas de tintas que, pelo seu alto volume, acredi- tavamquemoer internamente era amelhor opção econômica. Mas o trabalho é bastante custoso e se torna até um gargalo dentro do processo de fabricação de tintas, porque é bastante demorado. E com o tempo, cresce o número de clientes que optam pelas dispersões prontas.” Na opinião de Milton Yoshio Uehara, gerente técnico de Coa- tings & Printing para América Latina da Clariant, pode-se dizer que a tecnologia das dispersões pigmentárias base água, em especial utilizandopigmentos orgânicos, estámais consolidada no setor de tintas decorativas. “Para omercado de tintas indus- triais e automotivas, o uso de dispersões de pigmentos é bem mais restrito devido, principalmente, à limitação de concen- tração máxima no uso das preparações, sem provocar algum efeito colateral negativo sobre a qualidade e as propriedades físico-químicas das tintas. Vale mencionar também a grande tendência de migração no uso de dispersões pigmentárias: o tingimento está deixando de ser feito nas fábricas de tintas e passando a ser realizado nos pontos de venda (sistemas tin- tométricos). Por isso, o segmento de dispersões pigmentárias dentro domercado de tintas brasileiro vem apresentando um comportamento bem estável nos últimos anos.” Para Valne Lucas Vieira, diretor da Clariquímica, o mercado brasileiro ao optar cada vez mais por esta modalidade de uso dos pigmentos das dispersões pigmentárias, sinaliza e reco- nhece que o empresário brasileiro está atento às melhorias de processos e custo, uma vez que esta opção confere a sua atividade industrial melhor qualidade, menor consumo de Milton Yoshio Uehara, gerente técnico de Coatings & Printing para América Latina da Clariant Valne Lucas Vieira, diretor da Clariquímica matérias-primas commenos perda. “Assim, atento a elabora- ção de umprocesso industrial mais simples que o da dispersão de um pigmento em pó, o reprocesso praticamente inexiste tornando mais fácil no manuseio das matérias-primas, menos consumo de energia e melhor produtividade. E o mercado brasileiro cada vez mais se aproxima dos mercados europeu e americano neste particular, nos quais esta tendência já esta consolidada. Isto acontece, porque as dispersões pigmentárias oferecem ao fabricante de tintas a oportunidade de racionali- zar seu processo produtivo com qualidade e custo, visto que as mesmas são elaboradas e projetadas, no nosso caso pela Clariant, líder mundial na produção de pigmentos orgânicos, desde a síntese dos pigmentos, proporcionando às dispersões pigmentárias umaqualidadediferenciada, quando comparadas àquelas produzidas a partir do pigmento em pó.” REQUISITOS DO MERCADO Atualmente, os fabricantes de tintas têm suas exigências na hora de adquirir suas dispersões pigmentárias. “As maiores sempre estarão ligadas ao controle colorimétrico, todos pre- cisamde valores comamenor variação possível, pois só assim poderão manter uma fórmula com reprodutibilidade mais precisa e, assim, atender com rapidez a cor final de seus clien- tes”, informa Gilberto Amarante, suporte técnico da Transcor. Macedo, da Sintequímica, ressalta que são diversas exigências como, por exemplo, estar de acordo com normas ambien-

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