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veículo com tinta, além de proteger as áre-
as que não serão repintadas, demonstra
um cuidado com o carro do cliente.
Atualmente, o investimento em pesquisas
e desenvolvimentos para oferecer produ-
tos de alta qualidade tornou o sistema
de mascaramento uma ferramenta que
melhora as condições de trabalho das
ofcinas. “A importância do mascaramen-
to para o mercado nacional de repintura
automotiva está na contribuição com a
profssionalização das ofcinas de pinturas,
que a cada dia se tornam mais especializa-
da”, informa Lucinéia Marcolino, supervi-
sora de P&D da Linha Automotiva da Anjo
Tintas e Solventes.
Na opinião de Marcos Bresil, especialista
de serviços técnicos da 3M, ainda é maior
a velocidade na disponibilidade dos mate-
riais ao mercado do que o uso dos mesmos
pelas reparadoras. “Sua importância está
diretamente ligada às melhores condições
de trabalho para os funcionários e donos
de ofcinas, à produtividade e à qualidade
fnal do serviço executado”, esclarece.
De uma forma geral, o sistema de masca-
ramento vai conquistando espaço e, embo-
ra ainda seja uma novidade nas pequenas
ofcinas, já que são os grandes centros re-
paradores os maiores usuários dessa nova
tecnologia, a tendência é de crescimento.
“A busca por redução na geração de re-
síduo e o uso de produtos que possam
contribuir para o meio ambiente fazem
com que o líquido de mascaramento seja
uma tendência nesse mercado”, ressalta
André Cruz, gerente de desenvolvimento
de produto da Sherwin-Williams Divisão
Automotiva.
Para Ricardo Araújo Pedro, da assistência
técnica ao cliente da Brasilux, a trajetória
do sistema de mascaramento é constante
e crescente no País devido à facilidade de
uso e ao aspecto ambiental positivo que o
produto, à base de água, traz. “A tendência
é o aumento do consumo desses produtos
não somente em ofcinas automotivas, mas
também em outros segmentos”, comenta.
Aposentando o jornal
O benefício obtido pela utilização de pro-
dutos corretos para o mascaramento auto-
motivo deve ser observado no longo prazo.
Por essa razão, as pequenas reparadoras
ainda investem nas alternativas “casei-
ras”, desconsiderando os problemas de re-
trabalho, improdutividade e qualidade que
o antigo processo apresenta.
Recentemente, um estudo interno desen-
volvido pela 3M para a análise de reparo
médio de um veículo no Brasil demonstrou
que 2,5% do custo de reparação refere-se
a materiais miscelâneos, ou seja, insumos
(exceto materiais de pintura). “Desse per-
centual somente 15% representam produ-
tos para mascaramento, resultando em um
total de 0,375% do custo da reparação”
declara Bresil.
A concorrência acirrada no mercado come-
ça a despertar o interesse dos usuários por
novos produtos e à necessidade de ofere-
cer mais qualidade no acabamento fnal.
“Atualmente, o ‘velho jornal’ ainda é muito
utilizado em pequenas ofcinas, mas, aos
poucos, tem sido substituído por alterna-
tivas mais efcientes”, declara José Carlos
Campos, gerente comercial da Adelbras.
Para Cruz, da Sherwin-Williams, o uso do
jornal, além de representar uma qualida-
de muito baixa na proteção, tem como
inconveniente a dispersão de fbras pelo
ambiente. Com isso, o próprio acabamento
fnal pode ser prejudicado. “Infelizmente
essa alternativa ainda é uma realidade em
algumas ofcinas, porém, na medida em
que os novos produtos chegam ao conhe-
cimento do usuário e o mesmo tem a pos-
sibilidade de avaliar seu custo benefício, o
jornal perderá espaço.”
O jornal ainda não foi totalmente abolido,
mas isso é uma questão de tempo, confor-
me aumenta o conhecimento dos usuários
pelos novos produtos e à medida que há
uma mudança de cultura. ”O uso do mas-
caramento como parte do processo de
repintura começa, inicialmente, pela prati-
cidade e pela garantia de um serviço bem-
feito”, comemora Lucinéia, da Anjo.
Na opinião de Araújo, da Brasilux, o jor-
nal tem seus dias contados em razão da
alta porosidade, fato que o torna principal
causador dos bloqueios das redes de es-
coamento pluvial dos municípios. “A po-
rosidade implica diretamente na questão
ambiental, além de permitir a passagem
da tinta, reduzindo a qualidade do acaba-
mento fnal. Assim, como ocorreu nas ofci-
nas especializadas, a substituição do jornal
será feita em um curto espaço de tempo”.
Produtividade e
alto desempenho
São inegáveis as vantagens que o sistema
de mascaramento proporciona ao trabalho
de reparação. A praticidade e redução de
tempo são muito expressivas em relação
ao uso de jornal. Existe uma relação tênue
entre a utilização desses produtos e a pro-
dutividade das ofcinas.
Segundo Lucinéia, essa relação está na