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ARTIGO
Em época de chuvas intensas, surgem ou real-
çam-se diversos efeitos causados pelo excesso
de água e umidade. E não falamos de enchen-
tes.Tratam-se dos mais diversos problemas que
ocorremnas estruturas de casas, edifícios, gara-
gens, paredes internas e obras de infraestrutu-
ra, que vão de manchas a trincas e que podem
se tornar um grande transtorno para os mora-
dores, em particular, e para a sociedade e go-
vernos em geral. Muitos desses problemas po-
deriam ser evitados com a impermeabilização
correta das estruturas de concreto e alvenaria.
Esta prática, porém, ainda não é um hábito
entre os brasileiros, que não têm a cultura de
evitar problemas construtivos e sim de procu-
rar solucionar os efeitos. Este comportamento,
entretanto, pode trazer não apenas gastos des-
necessários, como riscos à vida das pessoas. Os
custos com impermeabilização previstos numa
obra correspondem a cerca de 1% a 3% do or-
çamento total, enquanto os gastos decorrentes
da má impermeabilização ou de sua ausência
podem superar os 10%.
Diversos problemas podem afetar lajes, paredes,
estruturas de piscinas, reservatórios de água, ga-
ragens, foreiras, terraços, como o surgimento de
manchas de bolor e bolhas nas paredes, infltra-
ção de água pelas frestas das janelas, queda e
rachadura de azulejos, escurecimento das juntas
e a ocorrência de trincas e goteiras.
Os problemas não são apenas estéticos. As
trincas, inclusive, merecem uma atenção espe-
cial, uma vez que podem até mesmo abalar
as estruturas do imóvel quando em estágio
avançado.Tendo como causas fatores variados,
as conhecidas rachaduras devem ser avaliadas
desde o surgimento. O excesso de umidade
pode provocar, ainda, uma série de problemas
Impermeabilização: qualidade de vida e economia
Por Marcos Storte*
*Marcos Storte, mestre em Engenharia Civil, é Gerente de Negócios da Viapol, especializada
em soluções para a impermeabilização e proteção das obras da construção civil.
de saúde - em especial respiratórios - que le-
vam milhares de pessoas aos hospitais todos
os anos, ampliando os gastos com saúde pú-
blica. Então por que não evitá-los? Para impedir
problemas futuros, a impermeabilização deve
ser considerada desde o projeto e construção
do edifício. A norma técnica de Desempenho
de Edifcações, NBR 15.575, inclusive entra
em vigor em maio de 2010, e traz exigências
claras sobre a necessidade de garantia de es-
tanqueidade às obras, um alerta importante
para construtoras responsáveis por projetos de
construção em todo o País.
Mais do que garantia de conforto e estanquei-
dade, a impermeabilização aumenta a lon-
gevidade do imóvel e pode evitar o impacto
causado por reformas, tanto aos proprietários
do imóvel como ao meio ambiente. O merca-
do oferece diversas soluções para este tipo de
problema. São produtos de alta tecnologia que
atuam na prevenção e também na resolução
dos transtornos causados pela umidade. São
bloqueadores hidrostáticos, argamassas poli-
méricas, selantes, mantas asfálticas e autoa-
desivas aluminizadas, agentes de cura, aditivos
plastifcantes, entre outros, que, mesmo sendo
um mistério para a maioria da população, são
indicados para cada tipo de ocorrência.
Num País no qual 70% do consumo de mate-
rial de construção correspondem ao mercado
“formiguinha” - obras que não passam por
construtoras ou incorporadoras e os proprie-
tários contratam a mão de obra necessária -,
a inclusão de mais um item na obra pode ser
fator de resistência. Por isso, faz-se imperativo
o desenvolvimento de um trabalho de cons-
cientização em todas as faixas da população,
que pode signifcar amelhora da qualidade de
vida como um todo e afetar, indiretamente, a
economia nacional.