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Antes conhecida como a região símbolo do agronegócio, o Centro-Oeste vem despontando como um grande
pólo industrial, gerando crescimento e oportunidades de negócios
Por Marcos Mila
As cidades do Centro-Oeste estão se
desenvolvendo e, com isso, novas atividades
estão ganhando projeção. A chegada de
vários setores da indústria na região trouxe
também uma série de investimentos que es-
tão trazendo divisas e progresso, melhoran-
do o crescimento da região com geração de
empregos e com melhores oportunidades
para a população.
Estimulado pelo crescimento de Goiânia
(GO) como pólo do Centro-Oeste na nova
fase de desenvolvimento do Brasil, o merca-
do condominial na capital experimenta forte
expansão, tanto para atender à demanda
por moradia de brasileiros de outros Esta-
dos que migram para Goiânia como pelos
próprios moradores da cidade, que buscam
opções mais seguras para suas famílias.
Assim, crescem tanto os condomínios
residenciais verticais como horizontais. Além
disso, os condomínios comerciais também
apresentam altas taxas de crescimento, pois
os consumidores e clientes também buscam
segurança e facilidade no momento de suas
compras. Daí o aumento no número de
shoppings centers e prédios de escritórios.
Goiás é o Estado do Centro- Oeste onde a
construção civil está mais aquecida. Nos úl-
timos anos, a capital goiana se transformou
na segunda cidade brasileira em número
de condomínios horizontais e, atualmente,
estima-se que há 11 mil apartamentos em
construção.
Expansão
A Região Centro-Oeste vive in-
tenso processo de urbanização.
Na década de 70, a população
rural representava cerca de
60% do total de habitantes da
região. Em apenas dez anos, o
percentual cai para 32%, até
atingir 15,6% em 1996.
No ano 2000, 81,3% da
população se concen-
trava na zona urbana.
Essa progressão se
deu não só por causa
do êxodo rural, mas
também pelo aumento
do fuxo migratório de
outros Estados brasi-
leiros para os centros
urbanos do Centro-
-Oeste. Consequência
direta dos programas de mecanização da
agricultura, a migração do campo modifca
defnitivamente a distribuição demográfca
do Centro-Oeste. A nova confguração exigiu
dos Estados grandes investimentos em
infraestrutura urbana e serviços.
Dessa maneira, dentro dos negócios que es-
tão se desenvolvendo substancialmente, um
deles anda a passos largos, principalmente
na última década: o negócio de tintas.
A demanda de mercado, em função do cres-
cimento da construção civil, fez com que o
número de empresas de tintas se proliferas-
se e, atualmente, Goiás conta com mais de
30 fábricas de tintas disputando juntamente
com grandes players o mercado regional.
Estima-se que apenas no Distrito Federal e
em Goiás a produção esteja entre 100 e 120
milhões de litros/ano.
O Grupo Maxvinil, por exemplo, foi formado
há cerca de 20 anos pelos irmãos cuiabanos
Joaquim e José Curvo, e teve implantada
em Cuiabá a sua primeira unidade industrial
de fabricação de tintas imobiliárias, com a
constituição da Maxvinil Tintas e Vernizes. O
Grupo Maxvinil possui fliais em Mato Gros-
so do Sul, Goiás e Pernambuco, bem como
centros de distribuição em Minas Gerais,
Rondônia e São Paulo.
Investimentos
Diante do aumento de demanda verifcado
nos últimos anos, as indústrias de tintas
tiveram que se adequar e, dessa forma, se
preparar para atender a esse crescimento.
A Colatex, por exemplo, há quatro anos
aumentou seu centro de distribuição com
capacidade para 60 mil latas/mês e está ter-
minando agora um projeto para aumentar
Adhemar Lacerda, diretor administrativo, e Fábio Amaral,
químico responsável pelo laboratório da Acril