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Reportagem - ESMALTES BASE ÁGUA
TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL
Seguindo as tendências mundiais por produtos ambientalmente corretos, as indústrias de tintas têm desen-
volvido tintas que não agridem a saúde e o meio ambiente. Os esmaltes são exemplos dessa nova geração
O mundo já não é mais o mesmo daquele
que se via até poucos anos atrás. As indús-
trias químicas já não poluem, os rios e os
recursos naturais estão (ou começam a ser)
mais preservados, e a indústria mundial tem
se preocupado em oferecer produtos com
formulações modernas, no intuito de pre-
servar a saúde e as condições do planeta.
“Vemos um cenário com consumidores
cada vez mais exigentes. Com isso, a fatia
de mercado dos produtos à base de água
só tem a crescer. Tintas sem cheiro, o que
gera um incômodo muito menor ao cliente
e uma preocupação com o meio ambien-
te, por não utilizar solventes na diluição,
são os fatores primordiais que aceleram o
aumento das vendas”, argumenta Rapha-
el Cassaro Machado, diretor executivo do
Grupo Argalit, justifcando que, na Europa
e nos EUA, esse mercado já está consoli-
dado. “No Brasil, a cada ano se fala mais
sobre o assunto e já vemos preferência de
consumo por produtos ecológicos quando
eles têm qualidade.”
“Alternativa ecologicamente correta e res-
ponsável, o esmalte premium base água
utiliza água como solvente. Além de não
agredir a natureza, dispensa a utilização de
solventes para limpeza”, lembra Valter Bis-
po, gerente de produtos da Tintas Eucatex.
Alan Souza, diretor de marketing e vendas
da Tintas Iquine, avalia que esse mercado
está em crescimento. “Estamos inician-
do um caminho sem volta. O conceito de
produtos que não agridam, ou agridam
menos o meio ambiente, já faz parte do
dia a dia das grandes empresas. Esse é um
compromisso que envolve a percepção de
que fazemos parte e somos responsáveis
pelo ecossistema. O que produzimos tem
impacto sobre ele e, principalmente, sobre
a sociedade onde estamos inseridos.
Os esmaltes base água são produtos relati-
vamente novos para o consumidor brasilei-
ro, mas, mesmo sabendo que ainda é uma
parte pequena do consumidor brasileiro
que tem essa consciência, Souza se mostra
positivo: “Estamos falando de um processo
embrionário, que passará por consciência
ambiental, leis que dêem sustentabilidade
a esse novo mercado, e compromisso das
empresas para que se fortaleça a fabrica-
ção desses produtos.”
A responsabilidade ambiental é uma ati-
tude cada vez mais rotineira no compor-
tamento pessoal e empresarial no mundo
todo. Atenta a esse cenário, a Suvinil vê
como uma realidade o desenvolvimento
de produtos com menor impacto ambien-
tal e, por meio de ações e produtos ali-
nhadas ao conceito de responsabilidade
socioambiental, dá o exemplo a todos os
seus stakeholders, especialmente clientes,
pintores, arquitetos e consumidores fnais,
incentivando-os a utilizar produtos que es-
tejam de acordo com esse conceito.
“O setor tem aderido ao processo de fabri-
cação de tintas base água principalmente
pelos benefícios que isso traz do ponto
de vista da saúde do usuário fnal e pelo
menor impacto no meio ambiente. Com
a Suvinil, líder do segmento e marca que
antecipa as tendências, não poderia ser di-
ferente. Há, cada vez mais, interesse em se
trabalhar com produtos de menor impac-
to ambiental. No mercado de tintas não é
diferente, por isso acreditamos que esses
materiais ainda têm um grande potencial
de adesão”, ressalta Mario Lavacca, ge-
rente de marketing da linha de madeiras e
metais da Suvinil.
As tintas da Suvinil atendem às atuais dire-
tivas europeias para a quantidade de com-
postos emitidos. De acordo com Lavacca, a
marca foi a primeira na categoria de tintas
imobiliárias a ter produtos atestados para
utilização em empreendimentos sustentá-
veis, tendo como referência as diretrizes
do LEED (Liderança em Energia e Design
Ambiental), conceito criado pelo US Green
Building Council (Conselho de Construções
Verdes dos EUA).
“O Brasil ainda não possui uma regula-
mentação relativa aos VOCs, mas a indús-
tria de tintas vem buscando reduzir a sua
geração, investindo fortemente na pesqui-
sa e no desenvolvimento de tecnologias e
soluções voltadas à diminuição do uso de
solventes orgânicos em tintas com a sua