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Tintas base água
Uma nova era na repintura automotiva
Segmento de repintura automotiva está totalmente familiarizado com
tecnologia base água e pronto para ser mais elo da sustentabilidade
Fábio Sabbag
De uma maneira instintiva, porém ne-
cessária, a questão da sustentabilidade
tomou conta da sociedade brasileira nos
últimos tempos. Começamos a entender
que nosso lixo tem de ser reciclado e toda
e qualquer causa ambiental tem de apre-
sentar um efeito sustentável. Não, não se
trata de modismo muito menos marketing
pessoal. A sustentabilidade é sinônimo de
respeito e acaba refletindo a preocupação
com o próximo e com o futuro dos seus
semelhantes. Ainda mais agora que com-
pletamos mais de 7 bilhões de habitantes
no planeta Terra.
Paulatinamente, as indústrias – e seus de-
senvolvimentos – priorizam produtos cada
vez mais amigáveis ao ambiente com alto
poder de não exterminar recursos esgotá-
veis. Ao segmento de repintura automoti-
va, por exemplo, pululam lançamentos de
tintas base água tão boas ou melhores do
que aquelas que continham solventes or-
gânicos em suas formulações. Hoje, os sis-
temas de pintura automotiva que utilizam
como componente de diluição o solvente
universal, a água, são, portanto aliados de
tudo e de todos. “Hoje, existe uma gran-
de demanda do mercado de repintura
automotiva por produtos ecologicamente
corretos. Esse cenário é observado, prin-
cipalmente, entre grandes montadoras e
seguradoras, que solicitam aos seus par-
ceiros o uso de produtos mais sustentáveis
em todos os processos de reparação de um
veículo, desde a mecânica até a pintura.
Por essa razão, a grande tendência deste
mercado é o desenvolvimento de produtos
à base de água, que vêm sendo desmitifi-
cados quanto à aplicação e à produtivida-
de”, diz Fabiana Verbickas, especialista de
produto da Divisão de Repintura Automo-
tiva da DuPont.
De acordo com Rodrigo Soares,
coordenador de produtos Sikkens
para a América Latina da Akzo-
Nobel Automotive & Aerospace
Coatings, o mercado brasileiro de
tintas à base d´água cresceu nos
últimos anos, independentemen-
te da legislação vigente no País.
“Espera-se que com a desmitifica-
ção do conceito que se tinha no
passado com relação a essa tec-
nologia, cada vez mais as conces-
sionárias e oficinas busquem fazer
as adequações mínimas exigidas
por essa linha de produtos e com
isso aumente consideravelmente
o volume de tinta a ser vendido
nos próximos anos devido a sua
praticidade e a seu aspecto sus-