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em utilidade e tecnologia, além de ser
100% reciclável e totalmente ecológica:
“A embalagem é segura contra quedas e
também mantém  as características dos
produtos, mesmo exposta aos raios sola-
res. Por exemplo, todas as nossas emba-
lagens são testadas durante os processos
de montagem. Uma amostragem é feita
para garantir que todas as suas funciona-
lidades permaneçam íntegras. Também em
nosso laboratório de qualidade realizamos
outros testes para simularmos ambientes
em que as mesmas estarão expostas para
checarmos suas propriedades. Dessa for-
ma, estaremos sempre avançando com os
processos de garantia e melhoria de nos-
sas embalagens”, afirma Fernandes.
MERCADO
Segurança, facilidade de manuseio – como
na abertura e fechamento – e uso total do
produto são atributos fundamentais para
a embalagem de tinta. Atualmente, o mer-
cado dispõe de um alto nível de tecnologia
voltado para atributos técnicos, como, por
exemplo, estanqueidade e empilhamento.
A facilidade de abertura e aplicação total
do produto são desafios que esse merca-
do enfrenta, além de buscar por inovações
tecnológicas para os próximos anos.
Segundo Costa, da AkzoNobel, no Brasil
apenas 47% das embalagens são recicla-
das; em outros lugares do mundo, como a
Europa, por exemplo, esse número chega a
65%: “Assim, para aumentar esse percen-
tual é indispensável realizar trabalhos em
parceria, que criam ciclos ‘verdes’, acres-
centando, assim, o potencial sustentável
de determinado produto, além de reduzir a
emissão de dióxido de carbono”, destaca
o comprador, que complementa dizendo
que, por outro lado, é necessário ressaltar
que os fabricantes também precisam estar
atentos ao seu próprio processo de produ-
ção e buscar por tecnologias verdes, que
reduzam o impacto ambiental, tais como a
impressão UV e a redução do material uti-
lizado na embalagem: “Mais do que nun-
ca, esses são diferenciais que são levados
em consideração ao escolher parceiros.”
De acordo com Granço, da Brasilata, o ano
de 2011 foi difícil para o mercado, com pe-
ríodos de retração de vendas de
toda a cadeia produtiva ligada
ao setor de tintas imobiliárias.
“As perspectivas são de que
2012 seja semelhante ao ano
passado, com crescimento não
superior a 3%. A Brasilata, por
exemplo, trabalha dedicada a
fornecer soluções inovadoras
em latas de aço para o setor
de tintas e produtos químicos,
nosso principal mercado. Desde
2011, a empresa está realizan-
do investimentos da ordem de
R$ 15 milhões na ampliação
das linhas de produção e na
modernização de seu setor de litografia.”
Para Fernandes, da Metalgráfica Itaquá, o
mercado de tintas vem em uma crescente
considerável pelo grande aumento que a
construção civil continua obtendo nesses
últimos anos: “Esse mercado vem exigindo
principalmente garantias de durabilidade
de seus produtos perante as embalagens, e
nossa empresa constantemente vem aper-
feiçoando os processos produtivos.”
Lozargo, da Cerviflan, diz que o ano de
2012 apresenta-se como consolidação do
desenvolvimento e crescimento econômi-
co vivenciados em 2011. “A construção
civil não vai parar, o que significa que o
setor de tintas e químicos crescerá de
modo significativo. Neste ano, a Cervi-
flan, aposta firmemente no segmento de
aerossóis. Até dezembro, sua produção
nessa área será de 200 milhões de tubos
anuais, um número 65% superior ao fabri-
cado em 2011. A elevação está associada
à renovação de linhas produtivas, ao lan-
çamento de embalagens inéditas e, ainda,
à ascensão da classe C”, observa o diretor.
Na opinião de Basso, da Metalgráfica Ren-
ner, o segundo semestre deste ano será
positivo, e, no conjunto do ano, o setor de
embalagens metálicas deverá ter um bom
desempenho, acompanhando o crescimen-
to do PIB brasileiro.
Já Elson Silva, diretor da Pupila, observa
que nos últimos anos a oferta de embala-
gens metálicas aumentou, em função dos
investimentos feitos por várias empresas
do setor: “Os preços caíram em função
da oferta; o mercado consumidor se re-
traiu devido à migração para o plástico
nos produtos em que foi possível fazê-lo,
pois o preço das embalagens plásticas é
bem inferior às metálicas para os mesmos
conteúdos.”