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linha de produtos
adquirido na pintura de grandes embarcações e
estruturas offshore, nos dá a segurança do de-
senvolvimento de produtos de alta tecnologia
e performance fabricados no Brasil”, garante
Richter.
Já Conde, da Polipox, faz um paralelo entre os
fabricantes de tintas automotivas, que eviden-
temente investem cada vez mais no treinamen-
to de seus profissionais e profissionais liberais
no processo de pintura e repintura de autos, e
o setor náutico, que opina estar mais defasado:
“Não é difícil encontrar cursos gratuitos dispo-
níveis que treinam os pintores nesse tipo de
trabalho; por outro lado, o número de funilarias
e de lanterneiros se espalha por todo o Brasil.
Contudo, quando se fala na área náutica, isso
é uma grande barreira a se vencer. A informa-
ção se restringe a poucos e não se encontra no
mercado essa transferência de tecnologia para se obter um produto final
de qualidade.”
Conde, ressalta ainda que o mercado náutico é bem diferente do auto-
motivo, começando pelo tipo de substrato: “Uma embarcação pode ser
de madeira, fibra de vidro, alumínio etc., e para cada um deles há uma
tecnologia a ser respeitada, até porque o meio onde a embarcação estará
é muito mais agressivo se comparado ao dos automóveis, portanto, para
tal exige-se produtos de responsabilidade, técnicas de aplicação e mão de
obra qualificada”, finaliza o gerente da Polipox.
Richter detalha que os produtos daWeg, por exemplo, são especialmente
desenvolvidos para o agressivo ambiente náutico, onde o contato com a
água, especialmente salgada e salobra, é constante: “Fora a necessidade
de uma maior proteção anticorrosiva, suplantada pela aplicação de pri-
mers à base de epóxi e de acabamentos poliuretânicos de maior resistên-
cia, no quesito acabamento a tecnologia empregada nas tintas náuticas
não difere muito dos poliuretanos automotivos, o que muda é, em geral,
o método de aplicação. Enquanto a repintura automotiva faz a aplicação
de sistemas de base coat mais verniz, na pintura náutica o acabamento é
feito só com a aplicação do acabamento PU”, afirma.
“Outra diferença é que a repintura automotiva tem mais opções de resi-
na, trabalhando com o poliuretano e com tintas à base de resina poliéster,
esmalte sintético e laca nitrocelulose. Fora isso, o uso náutico demanda a
aplicação de outros tipos de tintas que não são necessárias na repintura
automotiva, como seladores e primers anticorrosivos de alta resistência e
anti-incrustantes”, completa o superintendente daWeg.
POLIPOX
A
Polipox destaca no segmento de tintas náuticas a linha Polipaint. De acordo com Conde, a empre-
sa tem uma completa linha de produtos para a fabricação, manutenção e reforma de embarcações:
“Dividimos nossos produtos pelo tipo de substrato, como madeira, fibra de vidro e alumínio. Para
cada um deles temos uma tecnologia adequada para atender a necessidade de nosso cliente”,
garante o gerente.