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empresas investidoras nesse setor. Dessa forma, a fase final de todas as
obras envolve acabamento e pintura, impulsionando o crescimento do
setor de rolos para pintura, pincéis e acessórios”, garante.
O MERCADO
Na opinião de Eduardo Brandão, diretor da Pincéis Tigre, a performance
do mercado de pincéis e ferramentas de pintura segue a tendência do
mercado de tintas, que por sua vez está inserido no segmento de acaba-
mentos: “Continuamos muito otimistas quanto ao desempenho do setor
no ano de 2012, pois o prognóstico é de que o resultado seja acima do
crescimento do PIB. A Pincéis Tigre, por exemplo, atua nesse segmento
oferecendo novos produtos para vender mais para quem já faz parte da
sua carteira de clientes e buscando novos clientes via seus distribuidores
com formas inovadoras de comercialização”, destaca.
Cristina Czarlinski, diretora de marketing da Castor, ressalta que o cres-
cimento da construção civil tem favorecido a cadeia como um todo.
“Ainda que tenha havido uma desaceleração da economia, o mercado
da construção continua com boas perspectivas e acreditamos que deverá
se manter como um impulsionador da economia e do desenvolvimento
ainda por alguns anos, devido às necessidades do País.As medidas recen-
temente anunciadas pelo Governo Federal, como prorrogação da redução
do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos materiais de constru-
ção e a redução das taxas de juros, principalmente da linha mantida pela
Caixa Econômica Federal voltada à compra de materiais, foram algumas
ações que deram um incentivo a mais para o setor.”
Já Giovane Floriano, coordenador de marketing da Pincéis Atlas, aponta
que a principal dificuldade que o País vem enfrentando é a retração do
varejo da construção civil, que acumula uma redução em 12 meses de
6%: “O setor de pincéis e ferramentas para pinturas em 2012 tem se
mostrado difícil, as vendas acumuladas no varejo da construção civil, no
ano, recuaram cerca de 3,5%, e como temos uma meta desafiadora de
crescimento para o ano, estamos nos redobrando em esforços para con-
seguirmos nossos objetivos. O governo, por exemplo, vem tomando me-
didas para estimular o consumo, mas que ainda não surtiram efeito para
o nosso ramo, como linha de Financiamento a Materiais de Construção
(Fimac), que foi lançada no início do ano, com juros de 1% ao mês, mas
ainda não entrou em operação.”
PARA UM BOM DESEMPENHO
Floriano, da Pincéis Atlas, acredita que, para um bom desempenho, a trin-
cha deve ter cerdas de ótima qualidade e ser alinhadas: “Um top alto
– quanto maior o top, mais cerdas do mesmo tamanho a trincha possui –
para que a transferência para a superfície seja homogênea. É importante
também que a trincha tenha o sistema monobloco, no qual as cerdas,
cabo e resina de fixação são fundidos em uma peça única, o que aumen-
ta a durabilidade da ferramenta, diminui a possibilidade de afrouxar as
partes entre si e reduz substancialmente a queda de cerdas”, destaca o
coordenador.
Para Cristina, da Castor, são diversos os tipos de trinchas disponíveis no
mercado, que variam conforme a espessura, o tipo e quantidade de cer-
das, superfícies em que serão utilizadas cerdas pretas, brancas ou gris,
enfim, características que definirão a qualidade, a finalidade, o preço dos
produtos e, especialmente, o resultado do trabalho realizado:“Não é fácil
para o consumidor final avaliar qual trincha é a mais indicada para cada
aplicação e também a qualidade de cada versão, uma vez que visualmen-
te são muito parecidas e não existem normas de fabricação vigentes no
país. Os produtos fabricados pela Castor, por exemplo, possuem as ca-
racterísticas necessárias para garantir um bom resultado final a qualquer
trabalho executado por profissionais ou hobbistas.As trinchas da empre-
sa possuem cerdas naturais selecionadas, que possibilitam boa absorção
e retenção de tinta e cobertura uniforme.”
Bernal, da Roloflex, observa que novas tecnologias vêm sendo aplicadas
para criação de cerdas sintéticas.Além de substituirem as cerdas naturais,