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de peças plásticas é muito parecido com
o sistema de repintura automotiva padrão.
“Porém, é preciso atenção do reparador
com relação a alguns produtos específicos
parautilização em peças plásticas, como a
seladora, que cria uma camada aderente-
para o primer e tinta; o primer com flexi-
bilizante, que permite que a peça sofrape-
quenas torções sem quebrar ou trincar a
tinta; e a solução desoleante antiestática,
que remove resíduos de poeira sem criar
eletricidade estática.”
Jaime Vieiro, diretor da Stardur, detalha
que o sistema de pintura para plástico é
composto por promotores de aderência,
primer e acabamento. “A Stardur possui um
o sistema de pintura completo para todos
os tipos de plásticos,interno e externo, na
repintura automotiva. Começando pelos
promotores de aderência, que podem ser
pigmentados ou incolores com aplicação
direta. Promovem excelente ancoragem ao
substrato, proporcionando boa aderência-
do primer e também do acabamento. Na
linha de primers, temos o Primer PU e Pri-
mer Monocomponente, ambos úmido, que
dispensam o lixamento e a cura antes da
aplicação do acabamento, aumentando
a produtividade e a economia de energia
elétrica”, garante.
No acabamento, a Stardur possui dois ti-
pos de esmalte. “O Esmalte PU Prontopara
Uso, indicado para calotas, está disponível
nas cores metálicas e lisas, é o único a pro-
mover aderência direta sobre PP (polipro-
pileno), dispensando o uso de promotores
de aderência e Verniz PU; e o Esmalte PU
Texturizado, indicado para frota, que pro-
porciona acabamento texturizado e cura
ambiente, dispensando a utilização de es-
tufa, favorecendo a economia de energia
econtribuindo com o meio ambiente. Além
dos tradicionais Base Coats, a mais nova
tecnologia da Stardur é a Base Coat à base
d’água (100% diluída em água), benefi-
ciando o meio ambiente e a saúde dos pro-
fissionais da pintura. A laca acrílica (Star-
cryl) tem um excelente rendimento, boa
cobertura, adesão direta sobre substrato,
boa resistência mecânica e cura rápida em
temperatura ambiente. Já os Vernizes PU
podem ser curados em baixa temperatura,
possuem excelente brilho e alastramento,
alto teor de sólidos, alta resistênciaaosa-
gentes químicos e às intempéries”, desta-
ca Vieiro.
Para Vinicius Canassa, assistente técnico
em repintura automotiva da BASF, a ade-
rência e a flexibilidade são os principais fa-
tores responsáveis pela durabilidade e qua-
lidade da pintura em superfícies plásticas.
“É importante ressaltar que a superfície
plástica deve estar limpa e sem a presença
de agentes desmoldantes, provenientes da
injeção de peças novas. Para isso, o início
do processo deve ser realizado por meio de
uma limpeza minuciosa com desengraxan-
tes, material eficiente na remoção de con-
taminações. Para garantir a boa aderência
é necessário aplicar a seladora para plásti-
co a fim de promover uma leve porosidade
na superfície. As peças plásticas de um ve-
ículo têm uma tendência de oscilação em
razão do maior nível de flexibilidade. Por
esse motivo, existem aditivos que são adi-
cionados nos produtos do sistema (primer,
tinta e verniz) e aumentam a flexibilidade
para as camadas secas dapintura, garan-
tindo melhores resultados.”
Equipamentos
De um modo geral, a pintura de peças plás-
ticas é realizada com os equipamentos con-
vencionais de uma oficina. “Não existe ne-
cessidade de equipamentos especiais para
pintura de plásticos. O principal na pintura
em plásticos é o uso de selador para plásti-
co, o qual prepara a superfície para receber
a pintura com boa aderência e sem riscos de
desplacamento, uma vez que existem plás-
ticos com superfícies muito lisas, o que difi-
culta a ancoragem da tinta”, alerta Ricardo
de Araújo Pedro, administrador de controle
de produção da Brasilux.