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corrência dentro do mercado de emba-
lagens metálicas está bastante acirrada,
forçando os preços para baixo; é um claro
movimento de excesso de oferta frente a
uma demanda reprimida. “Alertamos os
clientes sempre para observarem de for-
ma estratégica a compra de embalagens.
É preciso buscar segurança no abasteci-
mento de longo prazo; muitas indústrias
aproveitam este momento para aperta-
rem seus fornecedores, o que no longo
prazo é muito prejudicial. O mercado só
será forte se toda a cadeia estiver for-
talecida, onde todos ganham, e assim,
sendo possível manter o investimento e
trazer tecnologia. Pode-se dizer que, hoje,
estamos passando por um momento de
entressafra, o que não acredito que dure
muito. O ano de 2013 será de recuperação
da economia, sem grandes expectativas,
ainda com muitas influências externas;
2014 possivelmente será um ano me-
lhor”, destaca o gerente.
Ronaldo Martins, diretor executivo da No-
valata, expõe que espera um crescimento
baixo: “Muitos clientes que se voltaram
para outros tipos de embalagem estão
percebendo que isso não foi um bom ne-
gócio e estão gradativamente retornando
às embalagens metálicas, seja porque
perceberam que o custo não é tão melhor
assim frente à qualidade e apresentação
que oferecemos, seja por exigência do
mercado, mas estão retornando.”
EXIGÊNCIAS E NECESSIDADES DE
MERCADO
O mercado de tintas no País é bastante
evoluído e demanda embalagens de qua-
lidade assegurada. Dentro deste contexto,
segundo Forte, da Brasilata, as embala-
gens devem ser estanques, resistentes e
devem atender as normas previstas na le-
gislação, como no caso de embalagens
para produtos perigosos. “A lata de aço
é o material de embalagem mais con-
fiável e que pode atender com segu-
rança tais exigências. Outra demanda
importante para a imagem de marca
das indústrias de tintas é a qualida-
de da litografia, que deve ser bonita,
atraente e uniforme, pois o consu-
midor hoje associa a qualidade da
tinta à qualidade da litografia da
embalagem. Por essa razão, a Bra-
silata investiu muito no seu parque
litográfico.”
De acordo com Lozargo, da Cervi-
flan, as exigências e necessidades
do mercado, quando identificadas,
são convertidas em inovações. “A
empresa, por exemplo, executou um pro-
jeto em parceria com a Lukscolor para de-
senvolvimento das novas embalagens.
Os rótulos, com a identidade visual da
marca renovada, produzidos primeira-
mente pela Cerviflan, serviram de padrão
para outros fornecedores de embalagem.
Tudo isso graças à tecnologia, ao cuidado
e aos insumos de primeira qualidade da
companhia.
Em função da nova legislação, as embala-
gens homologadas ganharam mais espa-
ço em 2012. A Cerviflan lançou os baldes
homologados para transporte de produtos
perigosos. As embalagens, disponíveis
nas versões de 18l, 20l e 22l seguem as
diretrizes da Agência Nacional de Trans-
portes Terrestres (ANTT), além da própria
Marinha. Os baldes metálicos têm como
diferencial um sistema de abertura e fe-
chamento mais amigável, baseado numa
presilha (anel sobre a tampa), de fácil ma-
nuseio”, garante o diretor.
Os clientes vêm exigindo cada vez mais ra-
pidez e flexibilidade no atendimento, sem
contar, é claro, a exigência por qualidade,
que já não é mais um diferencial, mas sim
uma condição de existência. Partindo daí,
Marson, da CMP, evidencia que a empresa
está antenada com as necessidades dos
clientes e para isso está fazendo diversos
investimentos, como a mudança para uma
nova unidade em Cajamar, São Paulo, uma
área maior e um leiaute industrial muito
mais moderno. Diversos equipamentos es-
tão chegando exatamente para suprir esta
necessidade por rapidez que o mercado
exige. “A CMP investe constantemente na
capacitação de seus colaboradores e se
preocupa muito com a qualidade dos in-
sumos adquiridos. Trabalhamos somente
com fornecedores qualificados, realizamos
testes periódicos com nossos produtos em
laboratórios externos. Possuímos ISO 9000
desde 1998, o que na verdade já é um pa-
drão para qualquer empresa nacional.
Além disso, outras exigências estão sendo
solicitadas pelos clientes, como o conceito
de sustentabilidade”, destaca o gerente
comercial.