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LOJA PARCEIRA
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Há 30 anos Mauro Maio queria ter seu ne-
gócio próprio, abriu um açougue, mas logo
percebeu que não levava jeito cortando
e vendendo carne. Mudou de ramo e in-
vestiu em uma loja de ferramentas na Vila
Miriam, zona norte de São Paulo, que tam-
bém não durou muito tempo. “Percebemos
que a procura era grande, mesmo na linha
automotiva. Após um ano com a loja de
ferragens, decidi mudar de endereço e in-
vestir no ramo de tintas automobilísticas.”
Em 1983, quando começou o negócio, ain-
da não conhecia o segmento das tintas au-
tomobilísticas, mas os clientes pediam bas-
tante, então, resolveu arriscar novamente
um novo empreendimento, foi quando sur-
giu a Infinitas Tintas, na Av. General Edgar
Facó, 1.408, Freguesia do Ó, na zona norte
da capital. No início teve algumas dificul-
dades por não conhecer o novo negócio.
“Desconhecia detalhes do segmento, o
cliente chegava e pedia um fundo e eu fa-
lava que não tinha, mas na verdade não
sabia que fundo e primer eram o mesmo
produto, porque não estava escrito fundo
na embalagem. Perdi algumas vendas por
não conhecer os produtos, mas em pouco
tempo peguei o jeito.”
Desafios e vitórias
Maio conta que nos primeiros anos do
negócio a maioria das marcas era de mul-
DEDICAÇÃO TOTAL
Há 30 anos Mauro Maio abriu a Infinitas Tintas e, até hoje, faz questão de trabalhar diariamente, atender ao
balcão, verificar o estoque, agendar entregas e resolver problemas administrativos
tinacionais e algumas comandavam prati-
camente todo o mercado. A concorrência
no segmento de lojas especializadas em
tintas automotivas era bem menor que a
atual, mas ganhar espaço não foi fácil. Em
1989 a empresa passou novas dificuldades
em virtude do congelamento dos preços
e da falta de mercadoria no governo do
José Sarney. “As pessoas queriam comprar,
mas não tínhamos produtos para vender,
íamos pegando o que aparecia. Se parasse
alguém vendendo látex branco eu compra-
va, mas depois as mercadorias aparece-
ram, quase que a conta-gotas, e aos pou-
cos retomamos o funcionamento atual.”
Outro ponto que ajudou a impulsionar as
vendas da loja foi a parceria com a Lazzu-
ril. “Na época, praticamente não existia
empresa de repintura nacional e consegui-
mos trabalhar com ela, que não atendia a
todos e, na época, abriu as portas para nós.
O produto era muito procurado e até 40%
mais barato, e nesse período a clientela
aumentou bastante”, lembra Maio.
Durante certo período, o proprietário teve
alguns problemas particulares e a saúde
financeira da empresa não andava das
melhores. Na época, um funcionário da La-
zzuril Tintas soube do problema e resolveu
ajudar e perguntou o que Maio precisava
para se reerguer. “Eu falei que precisava
de uma grande quantidade de tinta. Mas