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CONSUMO
Lojas de Tintas
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Elas ditam
o tom
Na compra da tinta
imobiliária são as mulheres
que escolhem as cores
e a especialista do setor,
Elisabeth Wey, aponta
aspectos para entender
melhor os anseios delas
Muito se fala do poder de consumo da classe C, são
diversas campanhas para descobrir as suas vonta-
des, mas há outras classes de consumo, com renda
bem expressiva e com imenso espaço para o varejo
abordar: as mulheres, por exemplo, tiveram proje-
ção de renda em R$ 1 trilhão, segundo estudo reali-
zado pelo Data Popular.
A grande vantagem desse público é que, além de comprar para elas, também
influenciam, no momento do consumo, outros membros da família, como fi-
lhos e marido. “Desde sempre a casa foi mais da mulher, os homens eram res-
ponsáveis pelos mantimentos e pelo dinheiro; com a emancipação feminina, ela
saiu de casa para trabalhar e, com isso, fortaleceu a sua personalidade. Dentro
de suas casas isso fica ainda mais visível, o que em alguns casos está impresso
nas cores escolhidas. Diria que em 70% dos casos é ela que escolhe a cor, tex-
turas e as decorações da casa”, observa Elisabeth Wey, arquiteta de interiores e
presidente do Comitê Brasileiro de Cores.
Sob medida
Já que são elas as principais responsáveis pela escolha da cor, a loja de tin-
ta precisa ser um ambiente agradável para atrair esse valioso público. Mas,
segundo Elisabeth, a maioria ainda não está no padrão desejado por elas e,
em outros países, a loja de tinta é como uma butique, o ambiente é total-
mente diferente, com música e muito confortável, quase não se vê homens
comprando; as mulheres são as grandes frequentadoras. “O ideal é criar uma
zona de relaxamento com água gelada e café de máquina, além de ter um sofá
bem confortável e revistas do segmento atualizadas. Assim, ela terá diversos
elementos que vão estimular a imaginação e, como consequência, fazer algo
similar em casa. Outro ponto a melhorar é colocar simuladores de ambientes
nas lojas. Diversas empresas têm o sistema, mas no momento da compra os
clientes não têm acesso à tecnologia; muitas nem se lembram de consultar o
programa antes de visitar a loja. A mulher é detalhista, precisa ver para saber
como vai ficar a sua casa. Os simuladores ajudam no consumo da cor e, assim,
as cores brancas podem deixar de ser as mais escolhidas.”
Conheça a personalidade e acerte na cor
Elizabeth relata que, cada vez mais, a moda está se aproximando das cores
imobiliárias. E, assim como as cores das roupas são pensadas levando em con-
sideração a personalidade da mulher, o mesmo acontece com as cores imo-
biliárias. “As mulheres mais intelectualizadas e voltadas ao campo ou fazenda
vão mais para o tangerina, azul marinho e cores neutras. Já as esportivas e
praianas preferem royal, anil, gema, turquesa. As baladeiras e de vida noturna
costumam ir mais para o lado dos vermelhos, preto, prata. Ao saber das pre-
ferências, seguindo a personalidade e o estilo de vida, é mais fácil indicar as
cores que mais agradam.”
Elisabeth Wey, presidente do Comitê
Brasileiro de Cores