PERFIL DO CONSUMIDOR
Para ter um hot rod no Brasil é preciso dinheiro. Julia Blank, ge-
rente de projetos da oficina, conta que praticamente 100% dos
clientes da HCB são de classe alta. Segundo ela, a grandemaio-
ria das pessoas que procuram a oficina tempor volta de 35 anos
e o carro teve alguma relação com a ascensão social da pessoa.
“Grande parte dos nossos clientes são empresários e têm algum
tipodehistóriacomocarro, geralmenteprosperaramcomaquele
carro. Um exemplo: opai vendia batata na feira e, hoje, a família
temumadistribuiçãode legumes.O carro temhistória.”
Outro perfil, emmenor parcela, de amantes por carro que pro-
curam a HCB são jovens que desejam carros esportivos como os
primeiros modelos do Mustang, porém, com a velocidade dos
modelos atuais. Carros de filmes, como aqueles presentes nos
filmes ‘60 Segundos’ e ‘Velozes e Furiosos’, fazem sucesso com
os jovens. Quando um cliente chega com uma ideia na oficina, o
carropodeser totalmentemodificado, ter100%da lataria trocada
ou renovada. “Às vezes, o carro estámuito velho e com a lataria
danificada, aí é melhor trocar tudo mesmo. Abaixamos o capô,
refazemos a funilaria, repintamoso carro”, conta Julia.
O tempomédio para o carro ser finalizado é de dois a três anos.
Depois de o carro pronto, ele passa por um teste de quilometra-
gem, tendo até 10mil quilômetros rodados antes de ser entre-
gue, a fim de garantir a segurança do cliente. “No Brasil, é um
hobby caro, todas as peças são importadas, o que encarece bas-
tante o projeto. Quando compra ummotor nos Estados Unidos,
porexemplo, de10mil dólares, supondoqueodólarestejaadois
reais, já serão 20mil, com alíquota de exportação entre 100% a
110%ele chegapor voltade40mil reais.”
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