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TINTAS PREMIUM
Com a isenção do IPI para a construção ci-
vil, colocada em vigor neste início de ano, o
setor de tintas comemorou a perspectiva de
aquecimento, que tende a se refetir em todos
os segmentos do mercado, ou seja, tanto nos
produtos mais econômicos como nos top de
linha, conhecidos como linha premium.
Até hoje, um dos principais obstáculos para o
aumento de volume dessas tintas está ligado
à questão custo, fator que colabora para que
essas linhas de produtos sejam mais frequen-
temente utilizadas em obras de alto padrão,
nas construções dirigidas às classes A e B.
“O consumo principal no Brasil é de tintas
econômicas, mas as tintas premium vêm
conquistando um bom espaço no mercado
e já representam algo em torno de 30% do
volume. A Anjo não possui ainda tintas eco-
nômicas, apenas premium e standard, mas
podemos perceber que as vendas de nossas
tintas premium crescem a cada mês”, relata
O preço da
qualidade
Mesmo com o auxílio da redu-
ção de IPI, a maior dissemina-
ção das tintas premium dentro
do mercado brasileiro ainda
esbarra em obstáculos como
custo e falta de informação do
consumidor, situação que pode
ser revertida no varejo.
Maristela Rizzo
Vaty Colombo, diretor de marketing da Anjo
Tintas e Solvente.
Para o profssional, com a redução do IPI o
consumo de tintas premium também será
afetado positivamente. Embora o estímulo de
fnanciamento para casas populares não atin-
ja diretamente esse tipo de produto, Colombo
acredita que sempre que o setor é estimulado
o ânimo atinge outros segmentos também,
opinião compartilhada por Carlos de Mello
Reis, consultor de vendas da marca Acordolar,
pertencente àAfetintas. De acordo com o pro-
fssional, certamente a isenção do IPI e as re-
centes medidas de incentivo para construção
de novas moradias colaborarão para um cres-
cimento nas vendas ao longo dos próximos
meses, sobretudo para as tintas econômicas.
Porém, neste primeiro momento, não espera o
mesmo resultado para as tintas premium, que
deverão ter um crescimentomenos acentuado
nas vendas. “O benefício maior virá com a ex-
pansão da economia brasileira, alavancando
o poder de compra da população, que, a lon-
go prazo, migrará seu consumo para as tintas
premium.”
O fato é que, independentemente de ser pre-
mium ou não, o setor de tintas como um todo
será benefciado com essa ação do governo.
Segundo Eulália Ramos, gerente de produtos
da AkzoNobel Tintas Decorativas, responsável
pela marca Coral, a Abrafati (Associação Bra-
sileira dos Fabricantes de Tintas) estima que,
com a isenção de IPI para o setor, as vendas
no varejo aumentem aproximadamente entre
2%e 3%, crescimento tambémesperado para
o mercado de tintas premium. 
“O setor de tintas como um todo considera
válida a iniciativa, principalmente, para ala-
vancar o crescimento do segmento. O pacote
deve incentivar a aceleração do crescimento
do setor e a desoneração motiva ainda mais
o consumidor a procurar por produtos de pri-