Page 46 - 131

This is a SEO version of 131. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »
www.paintshow.com.br
Março 2009
PAINT & PINTURA
46
Desempenho certo
Dióxido de Titânio
O
dióxido de titâ-
nio (TiO
2
) é um
dos mais impor-
tantes pigmen-
tos brancos,
que apresenta
uma ampla faixa de aplicação,
incluindo tintas arquitetônicas,
industriais e de impressão; além
de plásticos, borrachas, papel,
alimentício, têxtil e fármacos. A
mais importante propriedade de
qualquer pigmento branco é a
sua capacidade de tornar opa-
co e branquear o meio no qual é
disperso.
O consumo desse produto no
Brasil vem aumentando constan-
temente a cada ano. “Sob a pers-
pectiva de longo prazo, o consumo
de TiO
2
no Brasil cresce 1% ou 2%
acima do PIB. Porém, se observar-
mos um ano especificamente, pode
ocorrer pontualmente crescimento
ou redução em relação ao PIB,
devido a movimentos de ajustes
nos estoques.
Avaliando o merca-
do em
2008, o consumo aparente
cresceu aproximadamente 14%
sobre 2007. Parte deste cresci-
mento deveu-se ao grande volume
importado em 2007, que, devido
a atrasos de embarque no quarto
trimestre, acabou por ser contabi-
lizado contra a demanda aparente
do primeiro trimestre de 2008 e
deduzido do mencionado trimestre
de 2007, influenciando as respec-
tivas bases de cálculo. No entanto,
a forte demanda de 2008 foi a
maior influência sobre o indica-
dor”, afirma Ciro Marino, diretor
comercial para América Latina da
Millennium/Cristal Global.
Para Paulo Vieira, vice-presidente
da DuPont Titanium Technologies
América Latina, a experiência da
empresa indica que há uma boa
correlação entre o crescimento
do PIB e o consumo de TiO2. “No
Brasil, o consumo vem aumen-
tando consistentemente a cada
ano. De 2005 a 2008, o cresci-
mento médio foi acima de 7%,
o que representa mais de duas
vezes a média global, de aproxi-
madamente 3%. Estimamos que
o mercado tenha crescido 5% em
2008,
alcançando 155 mil tonela-
das, apesar das quedas de de-
manda no último trimestre.”
Helio Mori, gerente comercial da
Ecoquimica – representante exclu-
sivo da Lomon no Brasil –, tam-
bém afirma que historicamente o
consumo de dióxido de titânio vem
crescendo em índices próximos
ao PIB brasileiro, “porém, como
a maioria das matérias-primas,
foi afetado terrivelmente pela
crise econômica financeira que
assolou o mundo desde o quarto
trimestre de 2008. Até o terceiro
trimestre de 2008, o crescimento
foi próximo a 5%, mas com o fraco
desempenho do último trimestre o
crescimento de TiO
2
não ultrapas-
sou de 3,5%”.
Crise americana
Infelizmente, a chegada da crise
americana também afetou o
mercado de dióxido de titânio
no Brasil. “Com a expectativa de
queda de demanda e preço das
commodities que se formou no fi-
nal do ano, o impacto da redução
do crédito bancário e a desvalori-
zação do real, houve uma preocu-
pação generalizada com a prote-
ção de caixa, o que levou a uma
redução de inventários em toda a
cadeia. Calculamos que no quarto
trimestre esse efeito tenha gerado
uma queda de 34% na demanda
de dióxido de titânio no mercado
brasileiro em relação ao mesmo
período do ano anterior”, revela
Vieira, da DuPont.
Para tentar amenizar os efeitos
dessa devastadora crise, a DuPont
adotou algumas medidas, como,
por exemplo, a rápida redução
da produção
para torná-la mais
condizente com a
nova demanda.
“Além disso, mantivemos nossos
inventários nos níveis compatíveis
com a expectativa de demanda
futura global. Estamos voltan-
do nossas atenções ao caixa da
empresa e conduzindo revisões se-
manais sobre a situação. Também
estamos reduzindo custos a pata-
mares compatíveis com o nível de
produção que estamos operando.
Acreditamos que os programas de
investimento em produtividade
que fizemos ao longo dos anos nos