PAINT & PINTURA
Julho 2009
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A
As estratégias das empresas perante a crise econômica são oferecer ao cliente o que
há de melhor em produtos e serviços, mantendo assim suas posições no mercado. Ape-
sar de o atual momento ainda ser delicado, as previsões são de que no segundo semes-
tre haja uma considerável retomada de crescimento.
crise econômica está
impactando de for-
ma geral o setor de
tintas e vernizes,
consequentemente
reflete diretamente
em todos os insumos relacionados
ao setor. A forte desaceleração da
economia que teve seu início no
último trimestre de 2008, resul-
tou em reflexos claros no primei-
ro trimestre de 2009, fazendo
com que grande parte das empre-
sas iniciasse este ano com elevado
nível de estoque e com custos
acima do que o mercado em crise
poderia pagar. Além disso, a ins-
tabilidade do dólar em relação ao
real contribuiu ainda mais para
os custos ficarem mais defasados
com a nova realidade.
As vendas em baixa, que resulta-
ram na diminuição da produção,
devido ao ritmo lento da econo-
mia somado à falta de previsão
do comportamento do mercado
consumidor nos meses seguin-
tes, fez com que a indústria em
geral focasse todo o seu esforço
no processo de desestocagem, re-
tardando ao máximo a aquisição
de matérias-primas. Tudo isso
afetou a venda em vários seg-
mentos industriais, fazendo com
que o primeiro trimestre de 2009
finalizasse com vendas inferiores
ao mesmo período de 2008. Por
outro lado, as expectativas para
o segundo semestre deste ano são
mais otimistas, já que também
coincide com o período mais forte
do ano para o consumo de tintas.
De acordo com nossos entrevis-
tados, das principais empresas
fornecedoras de pigmentos inor-
gânicos no Brasil, nos dois últimos
meses (maio e junho) foi possível
perceber um pequeno aqueci-
mento refletido no aumento das
vendas. A expectativa é que este
seja um sinal de que o mercado
se adaptou às condições surgidas
desde o final de 2008, ou seja,
encontrou novas fórmulas para
atender suas necessidades, baixou
custos em geral e segue procuran-
do ocupar sua capacidade para
que a ociosidade não impacte
ainda mais na margem de contri-
buição, já bastante deteriorada.
Há quem diga que a crise tam-
bém tem seu lado positivo, pois o
mercado buscou alternativas e as
empresas ressaltaram aos con-
sumidores todo seu potencial e
qualidade, além do que, esses mo-
mentos fazem surgir até mesmo
oportunidades de implementação
de projetos e parcerias duradou-
ras com clientes e fornecedores.
Isso proporcionou o aumento do
market share, que surgiu com o
objetivo de suprir e até mesmo
aumentar o volume de vendas,
consequentemente surgindo
grandes oportunidades para a
indústria.
Como forma de reduzir os efeitos
da crise econômica, as fornece-
doras de pigmentos inorgânicos
implementaram ações focadas na
revisão de processos, otimização
de recursos, redução de custos,
replanejamento dos estoques,
preços mais competitivos, pro-
dutos com qualidade, assistência
técnica, pós-venda, enfim, as
empresas estão tentando manter
o equilíbrio nas decisões e pensar
em ações de médio e longo pra-
zos. Além disso, grandes empresas
mantiveram seus investimentos,
acreditando que a economia bra-
sileira voltará a ganhar veloci-
dade no segundo semestre e que
podem ampliar a participação no
mercado de tintas.
Atualmente, as empresas como
um todo estão tentando apro-
veitar todas as oportunidades de
negócio e mostrar a criatividade
para atender às necessidades dos
clientes, com produtos e serviços
que lhes proporcionem competiti-
vidade para manter seus negócios
existentes e até mesmo conquis-
tar novos clientes e segmentos de
mercado.
Por Lucélia Monfardini
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