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Agosto 2009
PAINT & PINTURA
tem campo para desenvolvimento
dessa linha de produtos.”
A onda do momento na área de
pesquisa e desenvolvimento em
geral, de acordo com o geren-
te geral da Priam Deltech, Luiz
Martinho, está relacionada com a
nanotecnologia e as resinas epóxis
não irão fugir dessa tendência.
Ele explica que um exemplo básico
envolvendo epóxi foi desenvolvido
por uma equipe de pesquisadores
da Universidade de Illinois em
Urbana-Champaing (UIUC). A
equipe desenvolveu um polímero
capaz de se consertar sozinho
quando aparecem ranhuras em
sua superfície. “É a primeira vez
que se consegue desenvolver um
material que pode se conser-
tar sozinho diversas vezes sem
intervenção externa. Esse políme-
ro pode ser aplicado, no futuro,
em implantes médicos, aviões e
sujeira pode consumir 40% a mais
de combustível. Essa tecnologia
de revestimento torna a superfície
áspera numa escala nanométrica.
A olho nu, não existe diferença,
mas os organismos vivos têm mais
dificuldade de se prenderem ao
casco do navio. Essa solução usa
nanotubos de carbono para deixar
mais áspera a superfície revesti-
da.”
Teoricamente falando, explica o
gerente geral da Priam Deltech, a
nanotecnologia trabalha no nível
molecular e manipula materiais
com dimensões de 100 nanôme-
tros ou menos. Um nanômetro
equivale a um milionésimo de
milímetro; um fio de cabelo tem
30 mil nanômetros. Um produto
pode ser definido como nano-
compósito quando ao menos um
componente desse produto tem
uma dimensão que é menor que
100 nanômetros.”
Na opinião de Martinho, para o
mercado de resinas epóxi adotar a
nanotecnologia é uma questão de
tempo. “As pesquisas vão se trans-
formando em produtos comer-
cialmente factíveis e as empresas
vão investindo de uma forma mais
forte nesses produtos ou nessa
tecnologia. Apenas como exemplo
geral de nanotecnologia aplica-
da a produtos, no ano passado,
foram vendidos em todo o mundo
US$ 30 bilhões em produtos que
incorporam nanotecnologia, se-
gundo a empresa de pesquisas Lux
Research. Em 2014, o montante
deve alcançar US$ 2,6 trilhões, o
equivalente a 15% de todos os pro-
dutos manufaturados que serão
comercializados no mundo.”
Em termos de novidades, a Priam
Deltech está finalizando alguns
desenvolvimentos relacionados à
espaçonaves, microprocessadores
e circuitos eletrônicos. O polímero
imita o funcionamento da pele
humana. Debaixo de uma cama-
da de polímero epóxi existe uma
rede tridimensional de microca-
nais com uma substância líquida
que, caso haja uma rachadura,
se encontra com um catalisador
e, em 10 horas, se transforma em
polímero e conserta a superfície.
Os pesquisadores conseguiram
que o material se recuperasse sete
vezes antes de o catalisador deixar
de funcionar.”
Uma outra pesquisa, europeia,
que está próxima de se transfor-
mar em produto e, muito prova-
velmente, estará usando polímero
epóxi, segundo Martinho, refere-
se à tecnologia de revestimento
para evitar que algas e crustá-
ceos se prendam à superfície dos
navios. “Um navio com muita
40
Antonio Carlos Slongo, gestor de
marketing, tintas, adesivos e borracha
da quantiQ
André Luiz de
Oliveira, analista de
desenvolvimento de
mercado de coatings da
Reichhold