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pela situação mundial de crédi-
to escasso, que em um primeiro
momento forçou os produtores a
reduzirem drasticamente a produ-
ção por vários meses. Desta forma
a indústria reequilibrou a condi-
ção de oferta e demanda rapida-
mente”, afirma Marino, acrescen-
tando que se forem confirmados
os números previstos para 2010, a
pressão da demanda irá definir o
preço para 2010 em médias supe-
riores a dos dois últimos anos.
Para Camila, da Evonik, a exemplo
de outros insumos, o dióxido de
titânio tem sua produção concen-
trada em indústrias multinacio-
nais e, consequentemente, de-
pende das oscilações do mercado
internacional. “Assim, a concor-
rência é tão acirrada em períodos
de baixa demanda como em alto
consumo. Já os preços obedecem
à lei da oferta e demanda. Com a
volta da atividade econômica, não
apenas no setor de tintas como
no de plásticos, borracha, papel
e metal, o consumo deve crescer”,
adianta.
Amarilla, da Kalium, anuncia que
a concorrência continua grande,
porém as opções de bons produtos
são menores. “Há produtos com
preços interessantes, mas com
baixa qualidade. Margens baixas
de comercialização e aumento
de exigências como dispersão,
cobertura e alvura são constantes
neste mercado. Devemos conside-
rar a sustentabilidade como uma
variável importante na definição
de supridores deste produto. Os
resíduos industriais decorrentes
dos processos sulfato e cloreto
devem ser observados. Quem não
os trata não deve ser considera-
do um fornecedor habitual deste
produto. Temos a responsabilidade
de observar a sustentabilidade
como uma variável crítica para o
fornecimento deste produto”.
Rosi Colacioppo, gerente comer-
cial de tintas da Brenntag Brasil,
garante que a situação mundial
de crédito escasso promoveu um
momento pós-crise de ofertas de
preços relativamente baixos. “Isso
aconteceu pela promoção de giro
de estoque feito pela indústria
para geração de caixa, contudo,
o equilíbrio de oferta e demanda
tem promovido a recuperação dos
preços.”
Silva, da MC Group, ressalta que
a concorrência acirrou bastante
a briga porque aqueles que per-
deram espaço com as limitações
impostas pela crise querem voltar
a participar do mercado, e para
isso fazem qualquer negócio. “Na
China, que está com o mercado
extremamente aquecido, a maio-
ria dos fabricantes prefere vender
sua produção no mercado local,
Camila Pecerini,
chefe de produto da
América Latina – área
Inorganic Materials
da Evonik