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Maio 2010
PAINT & PINTURA
físicas e químicas, é muito im-
portante a reprodutibilidade das
cores. Quando não tínhamos a
tecnologia de colorimetria, toda
aprovação das cores era feita por
controle visual e por mais efi-
ciente que era esse tipo de con-
trole sempre prevalecia a opinião
do controlador, e esse é um fator
humano que modifica sempre de
acordo com o nosso bom senso.
Os equipamentos de colorimetria
eliminaram a opinião visual e
passaram a dar valores numéri-
cos para comparações de cores,
tornando as diferenças muita
mais precisas. É importante ficar
atento aos vários órgãos que
exigem a obrigatoriedade desses
equipamentos em diversas áreas
de aplicação, como as normas
ISO, DIN, ASTM, AATCC, ABNT”,
anuncia.
Na visão de Andrade, da MAST
/ BYK Instruments, os equipa-
mentos básicos de um fabricante
de tinta são espectrofotômetro,
cabine de luz, viscosímetro, teste
de abrasão úmida – lavabilida-
de, grindômetro/cryptômetro. “O
investimento aproximado gira em
torno dos US$ 36 mil para obter
os equipamentos básicos”, declara
Andrade, acrescentando que as
normas técnicas internacionais
ISO, ASTM, DIN ou mesmo normas
brasileiras (as NBRs) informam
como realizar o teste e as tolerân-
cias, não apenas para a colori-
metria, mas para todos os testes
realizados em tintas.
Vitalis, da Altmann, ressalta
que não existem equipamentos
nacionais nesse segmento. “Os
impostos que incidem sobre os
importados e impedem pequenas
empresas de ter essa
tecnologia. Os equi-
pamentos utilizados
dependem do segmen-
to que a empresa vai
atuar, porém para
montar um labora-
tório é preciso um
investimento de apro-
ximadamente R$100
mil. A ausência desses
equipamentos pode
afetar a qualidade da
tinta, e não há como
sobreviver em um
mercado tão compe-
titivo sem garantir
a qualidade de sua
marca”.
Para Francisco, da
T&M Instruments,
no Brasil ainda não se produ-
zem esses instrumentos e tão
pouco é desenvolvido softwares
como os que existem no exte-
rior. “Com relação ao tipo que
domina o mercado brasileiro
certamente esse é o espectro-
fotômetro que opera na faixa
do visível, onde a nossa repre-
sentada, Konica Minolta, tem
participação sólida e crescente
no mercado”, ressalta.
Segundo o presidente da T&M
Instruments os equipamentos
básicos de colorimetria que uma
fabricante precisa ter em seu
laboratório são um bom espec-
trofotômetro com um software
para o controle de qualidade,
uma cabine de luz padrão e um
medidor de brilho. “Com esse kit,
o fabricante já possui condição
de aplicar qualidade a sua pro-
dução. A compra de um software
para a formulação da receita
de cores levará a empresa a um
patamar bem mais profissional,
com reduções de custo. Esse kit
básico custa aproximadamente
R$ 36 mil. Já o software para
formulação da receita de co-
res é de aproximadamente R$
26.500,00. A ausência desses
recursos afetará a qualidade
da cor da tinta, o que poderá
aumentar substancialmente
os custos de produção, pois a
formulação visual de cor é muito
crítica e custosa”, salienta Fran-
cisco, completando que apesar
de não haver obrigatoriedade,
o uso desses instrumentos é de
extrema importância em qual-
quer empresa, tendo aplicações
que vão do controle de qualidade
da matéria-prima, passando pelo
desenvolvimento de receitas até
a avaliação final do produto.
Ary Luiz Bon,
consultor de empresas
da ITG-CAT