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56
Junho 2010
PAINT & PINTURA
negócios
da divisão
de pig-
mentos da
Proquitec,
é quase um
consenso a
ideia de que
o Brasil su-
perou bem
a crise mundial
desencadeada
em agosto de
2008 e que se
seguiu por parte
de 2009, apenas
dando sinais de
retomada da
produção no
segundo semes-
tre. “O mercado
de pigmentos
acompanhou o
impacto que os
setores de tintas
e plásticos tive-
ram em função
da crise econômica. Em resumo, o
ano de 2009 ficou marcado como
um período de leve retração no
mercado brasileiro de tintas e
vernizes, após sucessivos anos de
crescimento, resultando em uma
redução de 2,1% no consumo em
relação a 2008; os plásticos ex-
perimentaram um tímido cresci-
mento de 0,5%. Outra dificuldade
que vale a pena ser destacadas
foi a oscilação do câmbio, espe-
cialmente com a concorrência de
empresas do mercado asiático,
altamente estocadas e ofertando
produtos a preços extremamente
baixos. Empresas que importaram
matéria-prima a custos e câmbio
altos ficaram em desvantagem co-
Carlos Fernando de Abreu,
diretor executivo da
Bandeirante Brazmo
Adriano Pádua Pinheiro,
gerente do departamento
de pigmentos, resinas e
aditivos da BASF para
América do Sul
mercial, tendo que absorver esses
custos sem conseguir repassá-los
aos preços de venda.”
Apesar da crise, a Proquitec se
manteve estável no volume de
venda, promovendo de forma
corajosa e ousada a agregação de
valor pela incorporação de novos
produtos e tecnologias. “Para
minimizar os efeitos da crise e
manter sua posição no mercado
brasileiro, a Proquitec investiu em
maquinário, profissionais, treina-
mento e na prospecção e segmen-
tação de novos clientes e merca-
dos. Realizamos uma otimização
do nosso departamento comercial
e outro ponto essencial foi a
implementação de um programa
de redução de custos”, ressalta
Agostini.
Harry Heise, diretor da Forscher,
conta que o mercado foi mui-
to afetado pela crise. “Em um
primeiro momento, as empresas
ficaram paralisadas pela escassez
de crédito e pela forte oscilação
nos preços causada pela instabi-
lidade de praticamente todas as
moedas. A volatilidade nos preços
causou situações anormais, como,
por exemplo, um navio atracan-
do no porto com uma carga de
pigmentos comprados por US$10
e, na data da atracação do navio
os novos preços já estavam ao
redor de US$ 6,5. Com isso, muitas
empresas decidiram deixar as suas
importações nos portos, aguar-
dando negociações com fornece-
dores por preços menores e uma
maior estabilidade das moedas. O
resultado foi um acúmulo de mer-
cadoria nos portos, que deman-
daram dois meses para estabilizar
os processos de liberação. A crise
começou a ser superada com o
aumento de liquidez por parte
dos bancos e o retorno dos preços
a níveis razoáveis e estáveis. O
segundo semestre de 2009 já
mostrava sinais de recuperação e
retomada das compras”, explica.
Sandra Toledo, diretora da Kalay,
observa que houve uma certa
retração do mercado em 2009.
“Mas pudemos observar a recu-
peração. Isso teve como resultado
um estreitamento de margens em
Carlos Menniti, gerente da divisão de
pigmentos da Vilmax do Brasil
Hamilton Oliveira,
coordenador de
produto da Aromat
Roberta Maturana, gerente regional de
vendas BU FCC - LATAM Sul da Lanxess