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PAINT & PINTURA
Julho 2010
21
Prevenção aos riscos
de explosões
ABPEx
s mudanças na Normatização Brasileira, no
início da década de 80, que anteriormente era
baseada na legislação americana, determina-
ram a necessidade da criação de uma asso-
ciação que se preocupasse em disseminar
os novos conceitos nas indústrias de tintas
com áreas sujeitas a riscos de explosões.
Nessa época, o Cobei, entidade da ABNT responsável pela
elaboração de normas relativas à eletricidade constituiu
uma Comissão Técnica, que ficou conhecida como CT-31,
que seria responsável pela edição das novas normas brasi-
leiras sobre instalações elétricas em atmosferas explosivas,
baseadas em normas européias IEC.
Na época ficou em evidência que as indústrias que
processavam inflamáveis, em geral definiam seus riscos
de explosões baseados em mitos, tabus e fantasias, ao
considerar que tudo era classificado e sujeito a riscos de
explosão imediatos. “Após a criação da ABPEx (Associa-
ção Brasileira para Prevenção de Explosões) foi iniciado
um trabalho de reconscientização nesse sentido, onde foi
mostrado que de fato existem riscos, mas também exis-
tem soluções para gerenciá-los e tratá-los”, relata Nelson
López, presidente da ABPEx.
Assim, com o aparecimento da ABPEx, entidade criada para
trabalhar pela so-
ciedade, iniciou uma
nova etapa na defini-
ção e no tratamento
dos riscos de explosão.
“Nosso objetivo é a
prevenção, proteção,
controle e a supressão
de explosões. Com isso,
os trabalhos desen-
volvidos pela ABPEx
conseguiram reduzir
os riscos de explosões,
bem como os custos
de implantação e de
manutenção comas
áreas classificadas nas
indústrias dos mais
variados segmentos,
especialmente o segmento de
tintas”, declara López.
O presidente da ABPEx explica
que em dezembro de 2004 foi
publicada a Norma Regulamen-
tadora 10 (NR-10), do Ministério
do Trabalho, norma esta que
tem força de lei. “Essa NR definiu uma série
de ações para todas as empresas, em especial
para aquelas que estão sujeitas a risco de explosões, obri-
gando-as a regularizar os seus sistemas elétricos presentes
nas áreas classificadas. Para isso, as empresas tiveram um
prazo de dois anos para se adequarem perante a NR-10, Na
época, a ABPEx se converteu na única entidade que conhe-
cia amplamente a prevenção de explosões, sendo chamada
constantemente para opinar sobre esses assuntos. Atual-
mente, a maior parte das grandes empresas já está regula-
rizada, tendo atendido a essas exigências, e boa parte das
médias e pequenas estão em processo de regularização, mas
ainda há muito trabalho pela frente”, afirma López.
Treinamentos
Com o propósito de divulgar a informação vinda das mu-
danças da normatização, agora baseada em normas inter-
nacionais IEC e atender as exigências ditadas pela NR-10,
da Agência Nacional do Petróleo – ANP, CETESB e outras
entidades ambientais, como também o sistema segurador,
a ABPEx realiza cursos para empresas que armazenam,
manipulam ou processam inflamáveis, que em geral são
as indústrias químicas, petroquímicas, petróleo, tintas,
resinas, farmacêutica, fragrâncias, alimentos. “Criamos
programas de treinamento para todos que trabalham
nesses segmentos. Por exemplo, os profissionais de segu-
rança, montagens e manutenção elétrica/instrumentação
que trabalham em áreas classificadas precisam conhecer
profundamente estes assuntos, pois cabe a estes profissio-
nais definir, montar e manter os sistemas eletroeletrônicos
nestes locais. Para levar estas informações para todas as
empresas do Brasil montamos programas de treinamento
in company para capacitar e qualificar todos esses profis-
sionais de segurança, manutenção elétrica/instrumenta-
ção, projetos/engenharia, operações”, informa López.
Os programas de treinamento sobre áreas classificadas
A
Nelson López,
presidente da ABPEx