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Agosto 2010
PAINT & PINTURA
Slurry
Devido às vantagens competitivas do uso de slurries há uma tendência natural dos fabricantes de tintas imobiliárias de
intensificarem a migração de processo produtivo do pó para slurry. “Inicialmente, apenas os grandes players do mercado
de tintas imobiliárias utilizavam slurries em função dos investimentos em sistemas de armazenagem e transporte, altos
até então. Porém, os evidentes ganhos atingidos hoje em dia pelo desenvolvimento de novas tecnologias nesse mercado
têm alçado os slurries ao patamar de produtos imprescindíveis à otimização dos resultados nas indústrias de tintas.
Neste sentido, a Unimin tem desenvolvido parcerias com seus clientes com o intuito de converter os sistemas de pó para
slurries, inclusive investindo em sistemas de armazenagem e no desenvolvimento de slurries exclusivos”, conta Emerson
Delegá, da área de engenharia de aplicações e pesquisa e desenvolvimento de tintas da Unimin.
Ainda há muito que se explorar neste mercado, embora seja estimado que apenas 20% dos fabricantes de tintas utilizam
slurries em seus processos produtivos e assegura-se que 55% do volume produzido seja à base do sistema slurry. “O consu-
mo de slurries aumentou sensivelmente nos últimos anos por vários aspectos que, entre muitos, podemos citar a qualida-
de assegurada no fornecimento do slurry, questões operacionais como aumento da produtividade e melhoria de condi-
ções de trabalho e meio ambiente. Desta forma os slurries, com sua versatilidade e grau de qualidade elevado, passaram
a ser imprescindíveis para que as tintas intermediárias, econômicas e premium se enquadrem no Programa Setorial da
Qualidade da Abrafati”, assegura Delegá, da Unimin.
Para Leandro Bizzaro da Rocha, gerente técnico na América do Sul da Imerys, o mercado de slurries no Brasil é crescente.
“Temos observado muitas empresas interessadas nesta modalidade de fornecimento. É indiscutível que este sistema é o
mais adequado para a sustentabilidade. Se observamos o mercado podemos identificar que muitas empresas que com-
põem praticamente 60% do volume de tintas imobiliárias já operam no sistema de slurries”, declara.
Avanços
Cada vez mais os slurries vêm se tornando produtos de alto valor agregado na composição das tintas, deixando de lado
a utilização do termo cargas minerais para a adoção do termo aditivos minerais. “Nesse sentido, a Unimin desenvolve
slurries de minerais de engenharia funcionais e espaçadores de dióxido de titânio, contando com a expertise de sua atu-
ação emmais de cinco continentes, mesclando em seus produtos minerais naturais e sintéticos nacionais e importados.
Para isso, conta com processos de moagem e dispersão especiais, que permitem a micronização seletiva das partículas e
o controle da distribuição granulométrica, conferindo maior poder de cobertura, extensão efetiva de dióxido de titânio e
lavabilidade às tintas, além de outras soluções customizadas. Aliado a esses fatores, encontra-se o rígido controle micro-
biológico de seus slurries”, informa Marco Antonio Nogueira, da área de engenharia de aplicações e pesquisa e desenvol-
vimento de tintas da Unimin.
A Imerys busca sempre antecipar-se às tendências e liderar uma nova fase de transformação dos minerais. Além dos con-
vencionais tratamentos superficiais e processos de calcinação, a empresa trabalha intensamente em novos desenvolvi-
mentos, com técnicas jamais aplicadas no universo de transformação e beneficiamento de minerais. “Inclusive, temos um
produto sendo comercializado em forma de slurry para o mercado de tintas, que reúne essa nova técnica de transforma-
ção aliada a melhores reservas de minerais que somo detentores. O resultado disso é facilmente percebido pelo desempe-
nho técnico que o produto promove nas tintas. Também vamos apresentar ao mercado uma série de produtos inovadores
de alto desempenho técnico com novos conceitos de aplicação”, revela Rocha, da Imerys.
No campo da nanotecnologia aplicada ao slurry, a Unimin, como parte do Grupo Sibelco, vem em nível mundial, com
suas equipes de pesquisa & desenvolvimento e engenharia de aplicação, investindo recursos e esforços para o desenvolvi-
mento e aplicação da nanotecnologia. “Podemos citar, inicialmente, um grande avanço e aplicação dessa tecnologia em
todas as áreas, e em consonância nossos trabalhos tiveram como base de pesquisa os projetos iniciados em 2009. O perfil
dos nossos clientes do mercado de tintas caracteriza-se, cada vez mais, por um nível elevado de exigência em qualidade
e performance dos aditivos minerais. Isso posto podemos afirmar que os novos produtos apresentam diâmetro médio ao
redor de 800 a 1200 nanômetros oriundos de modificação do cristal e revestimentos das partículas”, destaca Nogueira,
da Unimin.