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Setembro 2010
PAINT & PINTURA
Calcinação em Tinta
Imobiliária Colorida
Artigo Técnico - Adolpho Mayer
*Para cada formulação foi substituído
um aditivo mineral diferente.
Por Sandro de Freitas, químico
industrial da Adolpho Mayer
s tintas imobiliárias
coloridas à base de
água normalmente
têm seu aspecto
visual alterado
rapidamente na
medida em que sofrem influência
de intempéries (sol, chuva, vento,
calor, frio). Em muitos casos esta
alteração pode ser observada pou-
co tempo após a aplicação da tinta
ao verificar desbotamento precoce,
manchas ou esbranquiçamento
da película e quando isto acontece
não é raro ouvirmos comentá-
rios de que o defeito foi causado
pelo desbotamento do pigmento
colorido. Na verdade há muitos fa-
tores que precisam ser levados em
consideração e um deles é o aditivo
mineral (comumente chamado de
carga mineral).
Neste trabalho que apresentamos,
tivemos resultados surpreendentes
ao comparar alguns tipos de aditi-
vos minerais (cargas) em tinta pig-
mentada com óxido de ferro preto
após expostas ao teste de QUV.
Paralelamente e no sentido de
amenizar os efeitos causados pela
composição mineral da tinta colo-
rida, apresentamos ao mercado um
produto de origem orgânica que
pode contribuir sensivelmente na
melhoria da qualidade dos produ-
tos, o Filler Plus.
A formulação abaixo foi montada
da seguinte forma:
Características aproximadas das
tintas produzidas:
PVC~ 48%
Massa específica: 1,23 g/cm³
Viscosidade~ 90 UK
Volume de sólido ~ 24%
Teor de sólido em massa= 44,35%
Para a fabricação das tintas
foram utilizados os seguintes pro-
cedimentos:
Base para dispersão (itens 1 a 9);
Aditivo Mineral - carga (item 10);
Base para completagem (itens 11
a 18).
Ao todo foram montadas cinco
tintas diferentes e foram con-
siderados os seguintes aditivos
minerais: caulim 325, caulim 500,
carbonato de cálcio precipitado,
calcita micronizada e o Filler Plus.
Estas tintas, mais uma tinta pa-
drão premium de mercado (base
C), foram expostas na mesma
condição ao teste de QUV com o
objetivo de medir a eficiência que
cada mineral possui no sentido
de apresentar maior resistência a
calcinação em uma tinta pigmen-
tada com óxido de ferro preto
(usou-se este pigmento para evitar
a interferência nos resultados)
As tintas foram aplicadas com
extensor tipo Bird de 150µm sobre
lenetas de PVC branca, secadas ao
ar em temperatura constante de
25°C durante sete dias e subme-
tidas ao teste de QUV por 300
horas.
Teste de QUV após 300 horas de
exposição.
As medições de ΔE de cada amos-
tra foram realizadas antes e após
exposição ao QUV e os resultados
foram bastante significativos:
Os números 1, 2, 4 e 5 correspon-
dem a aditivos minerais tradi-
cionais utilizados no mercado de
tintas
O número 3 corresponde a uma
tinta premium base C do mer-
cado (pigmentado com o mesmo
concentrado e a mesma dosagem
de óxido de ferro preto que foi uti-
A
Padrão após QUV
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