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Novembro 2010
PAINT & PINTURA
Vital para o desempenho
da tinta
Espessantes
O
s espessantes são
aditivos respon-
sáveis por alterar
propriedades reo-
lógicas das tintas.
Por meio do controle
de reologia é possível facilitar o
processo de fabricação, melho-
rar propriedades de aplicação e
evitar problemas como a sedi-
mentação. A tinta sofre diferen-
tes níveis de cisalhamento, desde
a estocagem até a aplicação, e a
função do espessante na tinta é
proporcionar uma reologia que
responda a estes cisalhamentos
de modo a manter a homoge-
neidade e facilitar a aplicação,
gerando menos respingos, nive-
lamento adequado e boa transfe-
rência do rolo para a parede.
O que acontece é que a aplica-
ção
final define o perfil reológico
que
uma tinta deve apresentar,
exceto
em formulações em que
a
reologia
esteja automatica-
mente ade
quada, a adição de um
espessante
torna-se indispensável
para o contro
le da viscosidade
ideal. Os espessa
ntes passam
então a constituir a
principal
solução para entregar o
balanço
reológico requerido na for
mula-
ção de tintas e revestimentos, ou
seja, são componentes vitais para
obter consistência na fórmula da
tinta, uma vez que controlam a
sedimentação, auxiliam na apa-
rência da tinta na lata, atuam
nas propriedades de escorrimento
e nivelamento, bem como no mé-
todo de aplicação escolhido, como
broxa, spray ou rolo.
Fabrício Carvalho, gerente de
vendas da Cognis Brasil, escla-
rece que os espessantes, também
conhecidos como agentes reológi-
cos ou de reologia, são aditivos de
grande importância, pois deter-
minam propriedades e o com-
portamento dos líquidos de uma
formulação e são responsáveis
pela alta performance desejada
numa tinta, pelo controle de si-
nerese e estabilidade, seja evitan-
do sedimentação ou a variação
de viscosidade de uma tinta,
que tende a aumentar durante
o período de estocagem. “Suas
funções variam de acordo com o
seu perfil reológico, os de baixo
cisalhamento (Low Shear) ser-
vem para evitar sedimentação e
aumentar o tempo de estocagem;
os de médio cisalhamento (Mid
Shear), para melhorar o escoa-
mento, nivelamento, aplicabilida-
de quanto à transferência do rolo
para o substrato e para evitar o
escorrimento do filme aplicado
(Sag Resistance); e os conhecidos
como alto cisalhamento (High
Shear), para aumentar o desem-
penho das
tintas e para minimi-
zar os respingos no momento da
aplicação”.
Os agentes espessantes ainda
variam como altamente pseu-
doplásticos, que contribuem de
forma efetiva para construção de
viscosidade KU; os intermediários
como fraco, médio-fraco, médio
e médio-forte pseudoplásticos; e
os newtonianos, que apresentam
maior contribuição para cons-
trução da viscosidade ICI. “Vis-
cosidade KU fora do valor ideal
significa tendência de sedimen-
tação de cargas e pigmentos,
baixo shelf-life, problemas de
sinerese, aparecimento de lágri-
mas e problemas de nivelamento.
Viscosidade ICI fora do valor ide-
al significa baixo rendimento da
tinta, dificuldade de aplicação/
transferência para o substrato.
As indicações de agentes reoló-
gicos variam de acordo com as
aplicações conhecidas, rolo, pin-
cel, spray de ar assistido e spray
anaeróbico”, explica Carvalho, da
Cognis.
Os espessantes são utilizados em
praticamente todos os tipos de
tintas. A obtenção de um perfil
ideal reológico exige muita expe-
riência e especialização, não só
na escolha de bons agentes reoló-
gicos, mas das resinas, surfactan-
tes e dispersantes de pigmentos,
que também afetam o equilíbrio