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30
Jan/Fev 2011
PAINT & PINTURA
poderia produzir as preparações
mais baratas do que elas próprias,
pois esquecem que o poder de
compra das empresas especializa-
das em preparações pigmentárias
é muito maior, em função dos
volumes.”
Ainda para o diretor da Fors-
cher, essa questão começará a ser
resolvida quando os fabricantes
fizerem as contas de quanto, efeti-
vamente, custa moer um pigmen-
to. “A nossa experiência mostra
que um grande número de empre-
sas não tem qualquer sistema que
lhes permita avaliar esse custo. E
quando as empresas conseguem
esses números, por quilo ou por
litro de tinta produzida, esquecem
que muitas vezes uma tinta tem
apenas 5% de pigmento, ou seja,
o custo para moer um quilo de
pigmento é 20 vezes superior ao
custo que ele está considerando.”
Rogério Agostini, gerente de
negócios da Proquitec, esclarece
que existem empresas que ainda
não aderiram à utilização das
dispersões pigmentárias, além de
ser um mercado que tem muito
a ser desenvolvido. “A maioria
das empresa de pequeno e médio
porte ainda não as utiliza. Trata-
-se da mudança de uma cultura
com quebra de paradigmas. Isso
sempre leva um tempo de adapta-
ção e percepção de vantagens. Aos
poucos as empresas vão ganhando
a percepção de que é vantagem
moer o pigmento internamente,
pois o pigmento é mais barato que
a dispersão, porém isso não é uma
realidade comprovada por uma
planilha de custos bem apurada.
Um dado que faria mudar essa
percepção dessas indústrias seria
perceber que os moinhos que es-
tão moendo pigmentos poderiam
estar produzindo tintas.”
Agostini, da Proquitec, ainda ex-
plica que a resistência ao uso das
dispersões pigmentárias acontece
por as empresas acreditarem que
a estrutura industrial montada
não viabiliza o processo, se com-
parada com o investimento feito.
“As empresas que já possuem
instalações para dispersar os
pigmentos em pó não cogitam em
deixá-los ociosos, afinal, o inves-
timento já está feito. A utilização
das preparações acontece com
maior facilidade em empresas que
estão iniciando suas operações
e que não querem investir em
ativos fixos e desnecessários. As
indústrias fabricantes de tintas
precisam reavaliar suas políticas
de custos e estratégias e percebe-
rem que estão tendo um ganho
em produtividade e redução de
custos operacionais”, enfatiza.
Marcelo Amaral Leite de Macedo,
diretor comercial da Sintequí-
mica, afirma que a maioria dos
fabricantes de tintas já aderiu à
utilização das dispersões pigmen-
tárias. “Hoje, os fabricantes de
tintas que ainda fazem moagem
de pigmentos, pelo menos na
linha base água, são uma pe-
quena minoria. Quando se fala
em dispersões aquosas, algumas
empresas ainda acreditam que é
mais barato moer internamente,
mas isso nem sempre é verdade.
Vários fatores fazem com que
seja mais barato usar dispersões
prontas, como, por exemplo, alta
tecnologia empregada no processo
de moagem das empresas produ-
toras; o processo de produção é
caro e demorado, principalmente
para quem possui baixa quantida-
de de moinhos; volume de com-
pras de matérias-primas é maior
nas empresas fabricantes de
dispersões; longo tempo de rela-
cionamento com os produtores de
matérias-primas, etc. Além disso,
o trabalho de pesquisa e desen-
volvimento que fazemos dentro da
Sintequímica faz com que nossas
Rogério Agostini, gerente de
negócios da Proquitec
Marcelo Amaral Leite de Macedo,
diretor comercial da Sintequímica