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Estabilidade na tinta
Modificadores Reológicos
O
Com a função de melhorar as propriedades de aplicação e acabamento da tinta,
os modificadores reológicos adequadamente utilizados e balanceados em uma
formulação contribuirão para obtenção de um acabamento de qualidade superior e
estabilidade do sistema
Por Lucélia Monfardini
s modificado-
res reológicos
influenciam
diretamente
na aplicação e
resistência do pro-
duto final, determinam a fluidez
e a transferência da tinta para o
substrato, influenciam no nivela-
mento e no acabamento e contri-
buem na lavabilidade, resistência
à água e álcalis.
Durante o repouso ou estoca-
gem, os modificadores reológicos
evitam a concentração (sedimen-
tação) de cargas e pigmentos no
fundo da embalagem, agindo
assim, de forma auxiliar, na dis-
persão e suspensão estável destes
sólidos em meio líquido (aquoso
ou solvente). Já na aplicação
diminuem os respingos, muito
comuns durante a aplicação com
rolos (tanto os de espumas sintéti-
cas como os de lã de carneiro) e a
diminuição de efeitos indesejados
(pós-cura), como o popular “casca
de laranja” – efeito poroso.
Para Renato Stoicov, chefe de
produto – Brasil e Mercosul – Tego
Additivies & Specialty Resins, os
agentes reológicos podem con-
duzir a uma maior resistência da
película seca à abrasão úmida,
aumentando a durabilidade; e
proporcionam mais resistência à
ação de microorganismos para o
produto final. “Os agentes reo-
lógicos podem também conferir
bom comportamento da película
úmida, evitando escorrimento e
promovendo excelente nivelamen-
to. Cabe considerar que os produ-
tos da linha Tego Viscoplus ainda
fornecem uma vantagem adicio-
nal. Eles diminuem a temperatu-
ra mínima de formação de filme
(MFFT), possibilitando maior resis-
tência à tinta aplicada mesmo em
condições adversas (baixa tem-
peratura e/ou ambientes muito
úmidos)”, destaca.
As vantagens de se utilizar esse
tipo de produto são muito gran-
des, desde que utilizados devida-
mente, observando o equilíbrio da
fórmula da tinta, como melhora
da transferência, alastramento
e promove, inclusive, um melhor
rendimento da tinta. “Esse tipo de
produto, desde que bem utilizado,
ou seja, com dosagens certas, res-
peitando as características que se
deseja da tinta, seja ela aplicada
com rolo, broxas, pincéis e sprays,
promove, certamente, viscosidade
KU e ICI ideais, evita sedimenta-
ção de cargas e pigmentos, alta
transferência, baixo respingo, per-
feito alastramento e nivelamento,
evita sinerese, entre outros”, in-
forma Jonas José Chalita, gerente
nacional de vendas da Divisão de
Pigmentos, Corantes e Auxiliares
da Dynatech.
Acrílicos, uretanos ou
derivados de celulose
Os agentes reológicos derivados
de celulose vêm perdendo espaço
paulatinamente durante os últi-
mos anos. “Os principais motivos
para esta perda de share no mer-
cado são: alto custo, os produtos
são fornecidos na forma pó e, por
se tratarem de produtos deriva-
dos de celulose, sua degradação
é bem mais acentuada e assim
estão mais sujeitos à formação
de colônias de bactérias, fungos