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PAINT & PINTURA
Abril 2011
21
exatamente onde aplicar cada tipo
de pigmento. Todos os inorgâni-
cos ou orgânicos têm vantagens e
desvantagens, restrições e regula-
mentações. A Multicel orienta os
clientes a utilizarem seus pigmen-
tos de maneira segura, econômi-
ca e tecnicamente adequada. As
propriedades de resistência ao
calor, luz e química dos pigmentos
inorgânicos são em geral superio-
res aos pigmentos orgânicos. Além
disso, os inorgânicos não migram
e não sangram.”
Ferreira, da Lanxess, declara que
notou no mercado justamente o
contrário. “Certamente é possí-
vel verificar um movimento de
substituição parcial dos orgânicos
em prol dos inorgânicos devido
às pressões de custos e restrições
técnicas. As grandes indústrias
vêm solicitando pigmentos com
níveis mínimos de metais pesados,
seja para alinhamento de fórmu-
las mundiais ou por pressão dos
clientes finais. Assim, seguindo
a tendência da filosofia “verde”,
gradativamente os pig-
mentos inorgânicos estão
sendo incorporados nas
fórmulas como alternativa
aos pigmentos com metais
pesados.”
Para Sergio Rubio, gestor do
laboratório aplicação técni-
ca da Unidade de Negócios
Tintas, Adesivos e Constru-
ção Civil da quantiQ, salvo alguns
casos, não vê os pigmentos inor-
gânicos como produtos tipicamen-
te não amigáveis. “Os pigmentos
como óxido de ferro, dióxido de
titânio e vanadato de bismuto
são exemplos de inorgânicos que
podem ser considerados ambien-
talmente corretos, desde que
respeitados os padrões adequados
de produção. Além disso, os pig-
mentos inorgânicos apresentam
algumas características que se
sobressaem aos pigmentos orgâni-
cos. Podemos citar a resistência à
luz, opacidade e facilidade de dis-
persão, lembrando que estas são
atribuições genéricas que podem
não ser aplicadas em alguns casos
específicos.”
Antonio Carlos Saretti, diretor da
Transcor, afirma que de fato essa
substituição tem sido uma ten-
dência nos últimos anos. “Mas em
algumas aplicações os pigmentos
inorgânicos apresentam melhor
custo-benefício, consequentemen-
te sua utilização continua sendo
muito requerida pelo mercado. De
maneira geral há grande vanta-
gem quando se utilizam pigmen-
tos inorgânicos, devido ao alto
poder de cobertura aliado ao bai-
xo custo, e em muitas situações,
associados a pigmentos orgânicos,
proporcionam grande versatili-
dade aos formuladores de tintas e
demais produtos.”
Anilton Flávio Ribeiro, diretor
de tintas e industrial da Arinos,
declara que o mercado tem subs-
tituído os pigmentos inorgânicos
pelos orgânicos. “Porém, o pig-
mento inorgânico branco, que é o
um dos principais do segmento de
tintas, ainda não tem substituto
e, portanto, continuará crescen-
do seu consumo. Tecnicamente,
os pigmentos inorgânicos apre-
sentam melhor performance de
cobertura, excelente resistência
e compatibilidade com diferentes
resinas. Além da questão técnica,
são pigmentos de menor custo
quando comparados aos pigmen-
tos orgânicos.”
Carlos Simal, gerente nacional de
vendas da Colormix, informa que
os pigmentos à base de chumbo
(cromatos e molibdatos) e os pig-
mentos à base de cádmio (sulfetos
e sulfosselenetos) já experimenta-
ram uma queda considerável de
consumo e mostram agora uma
certa tendência de manutenção
nos atuais níveis. “A grande utili-
zação dos cromatos (amarelos de
cromo) ainda está no segmento de
tintas para demarcação rodovi-
ária. A busca pela substituição
dos pigmentos inorgânicos pelos
orgânicos não se configura como
uma tarefa fácil, tendo em vista
Carlos Russo, diretor técnico da
Adexim-Comexim
Anilton Flávio Ribeiro, diretor de tintas e
industrial da Arinos