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PAINT & PINTURA
Julho 2011
25
Educação Continuada da FGV.
Na Abiquim, ele foi membro da
Comissão de Economia e coordenou
as comissões de Assuntos Jurídi-
cos, de Assuntos Legislativos e a de
Comunicação e Imagem.
Até dezembro de 2010, Figueiredo
foi vice-presidente e membro do
Comitê Executivo do grupo BASF
na América do Sul, com respon-
sabilidades pelas áreas de plásti-
cos, poliuretanos, catalisadores
e produtos químicos industriais,
comunicação social, impostos e
seguros. Ele começou sua carreira
no grupo em 1978, como gerente
do departamento legal da Glasurit
do Brasil. Figueiredo sucederá na
Abiquim ao economista Eduardo
Bernini.
Confira a seguir a entrevista que
o presidente executivo da Abiquim
concedeu à revista Paint & Pin-
tura, na qual fala sobre sua car-
reira, metas, desafios da indústria
química, ações da Abiquim e pro-
jeções do mercado brasileiro.
Revista Paint & Pintura: Fale
sobre sua formação e trajetória
profissional.
Fernando Figueiredo:
Sou advo-
gado, formado pela Universidade
de São Paulo, com especializa-
ção em direito tributário. Iniciei
minha carreira profissional na
Treuhand Auditores Associados,
depois trabalhei na General Elec-
tric, como advogado tributário,
transferindo-me para a Glasurit
do Brasil, empresa do Grupo BASF,
para gerenciar a área de impos-
tos e seguros no Departamento
Jurídico. Trabalhei na BASF por
32 anos, empresa na qual cheguei
à vice-presidência, tendo atuado
em diferentes áreas da empresa,
como jurídica, de recursos huma-
nos, informática, suprimentos,
dispersões, produtos químicos
de performance, poliuretanos
plásticos e químicos industriais e
comunicação social.
Revista Paint & Pintura: Quais
são suas metas como presidente
executivo da Abiquim?
Fernando Figueiredo:
Dar a
devida projeção ao importante pa-
pel desempenhado pela indústria
química na economia brasileira,
sensibilizando as autoridades
governamentais, o Congresso
Nacional, a imprensa e forma-
dores de opinião sobre os pleitos
do setor em relação a temas como
competitividade e inovação. Estudo
realizado pela Abiquim, o Pacto
Nacional da Indústria Química,
aponta forte crescimento da
demanda por produtos químicos
nesta década. Para atender à de-
manda prevista, reverter o déficit
da balança comercial química,
agregar valor ao petróleo e gás
natural do pré-sal e tornar o País
líder na fabricação de produtos
químicos a partir de matérias-
primas renováveis estão previstos
investimentos de US$ 167 bilhões
até o final desta década. Viabilizar
as condições para esses investi-
mentos é a principal missão da
Abiquim.
Revista Paint & Pintura: Quais
são, atualmente, os principais
desafios da indústria química
no Brasil?
Fernando Figueiredo:
Reverter
o déficit na balança comer-
cial, que em 2010 chegou a US$
20,7 bilhões, e evitar o risco
de desindustrialização, que
paira não só sobre a indústria
química como também sobre
outros setores industriais. Em
paralelo, é preciso impulsionar
os investimentos em pesquisa,
desenvolvimento e inovação. Es-
ses desafios, é bom que se diga,
não são apenas da indústria
química, mas do próprio País.
Não há economia forte sem uma
indústria química forte. Estados
Unidos, China, Japão, Alemanha
e França, todos com economias
desenvolvidas, ocupam tam-
bém as primeiras posições no
ranking mundial da indústria
química.
Revista Paint & Pintura: Quais
são as ações que o senhor dará
continuidade dentro da asso-
ciação?
Fernando Figueiredo:
Criar
condições para o desenvolvi-
mento da indústria química e
para concretizar os investimen-
tos delineados no Pacto Nacio-
nal da Indústria Quimica é o
principal objetivo da Abiquim.
Este documento demonstrou a
necessidade de ações governa-
mentais para viabilizar maté-
rias-primas competitivas em
preço, disponibilidade de volume
e prazo nos contratos; solução
das distorções do sistema tribu-
tário, desoneração da cadeia,
isonomia tributária com sucedâ-
neos e defesa contra concor-
rência desleal; infraestrutura
logística, especialmente no
que se refere à distribuição de
gás, energia, portos, rodovias e
outras soluções modais; desen-