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Setembro 2011
PAINT & PINTURA
des e as empresas. No entanto,
não houve interesse por parte do
governo e de empresas nacionais
na sua produção em larga escala e
comercialização.
Indústria naval
A indústria náutica do Estado do
Rio de Janeiro deve receber US$
580 milhões (quase R$ 1 bilhão)
em investimentos e gerar apro-
ximadamente 1,5 mil empregos
diretos e 6 mil indiretos. A esti-
mativa é da Secretaria de Estado
de Desenvolvimento Econômico,
Energia, Indústria e Serviços, que
lançou o Fórum Náutico Flumi-
nense, no Rio Boat Show 2011, re-
alizado em maio último. A inicia-
tiva visa consolidar um plano de
ação para equacionar os desafios
do setor para estimular a fabri-
cação de embarcações de lazer no
Estado e garantir o crescimento
do setor.
Essa realidade mostra que o
momento é de maré alta para o
segmento de tintas marítimas,
depois de um longo período de
estagnação da indústria naval.
Alguns fatores, como as perspecti-
vas amplamente favoráveis para a
exploração de petróleo na camada
pré-sal, geram uma onda de oti-
mismo entre os principais fabri-
cantes dessas tintas especiais, que
estão atentos também para outra
tendência do mercado: a deman-
da por produtos mais duráveis e
ecologicamente corretos, sem re-
presentar riscos ao meio ambiente
marinho.
A estimativa é de que as vendas de
tintas industriais, que englobam
as tintas marítimas, atingirão a
marca de 186 milhões de litros
este ano, com um avanço
de 6,5% nos negócios em
relação ao desempenho
no ano passado.
A Renner Protective
Coatings, por exemplo,
tem participação ativa
na área de manutenção
marítima. Está presente
nas obras dos módulos
da Plataforma P-55, em
plataformas na Bacia de
Campos e Macaé, dentre
outras. Também atua
em obras novas, que
consomem um volume
significativo de tintas e
revestimentos anticorro-
sivos, como na constru-
ção da usina de ondas.
A empresa possui certi-
ficações e homologações
que atendem às normas
da IMO/PSPC. Com isso, consegue
espaço para disputar o mercado
internacional de tintas para o
segmento naval.
Outras indústrias de tintas estão
também apostando no desenvol-
vimento da indústria naval no
Brasil, principalmente na pintura
de navios petroleiros e platafor-
mas. A Sherwin-Williams é uma
delas, e recentemente fechou
contrato com o Estaleiro Atlânti-
co Sul para fornecer tintas para
a pintura de 11 petroleiros nos
próximos oito anos.
A companhia americana, que
tem valor de mercado de US$ 6,7
bilhões, lidera no Brasil a rea-
bertura deste nicho de mercado,
já que ela foi responsável pela
pintura do primeiro petroleiro
fabricado no País depois de um
jejum de 13 anos. A embarcação
foi construída dentro do Progra-
ma de Modernização e Expansão
da Frota da Transpetro (Promef)
do governo federal.
A divisão de tintas industriais da
Sherwin-Williams, onde se encon-
tram as tintas navais, responde
por 30% das vendas da empresa
e vem de um período de recupe-
ração depois da crise financeira
mundial.
O programa do governo que
pretende ampliar o número de
navios produzidos no País prevê
ao todo 49 embarcações nos pró-
ximos anos. Segundo a Sherwin-
-Williams, foram usados 300
mil litros de tinta para pintar o
primeiro petroleiro, entregue em
maio de 2010.
Aproveitando a retomada da
construção naval, no ano passado,
também, a Onternational Paint -