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PAINT & PINTURA
Setembro 2011
73
2011 e 2012, os fatores que atra-
palham e os que estimulam a
cadeia de tintas, as expectativas
em relação à disponibilidade e
aos custos de matérias-primas.
As apresentações de especialis-
tas possibilitaram uma visão
completa do panorama atual
e futuro do setor. O economis-
ta José Roberto Mendonça de
Barros comentou as perspectivas
econômicas do País e as incerte-
zas do cenário externo, opinando
que a probabilidade de que uma
nova recessão mundial ocorra é
de 35%. “Sem a recessão, acre-
dito em crescimento de cerca
de 4% neste e no próximo ano,
número que poderia ser maior
se não existissem alguns fatores
limitantes como os desequilíbrios
macroeconômicos crescentes e
a redução da competitividade
provocada pelo Custo Brasil,
pelo câmbio, pela ineficiência
do setor público e pela falta de
avanços em importantes refor-
mas”, destacou.
No Painel sobre matérias-
-primas, Cedric Brid-
ger (Dow), Shane Porzio
(BASF), Marco Aurélio
Barboza (DuPont) e Fer-
nando Mourão (Abeaço)
apresentaram um balan-
ço da situação atual, em
termos de disponibilidade,
de custos e de tendências,
salientando que deve-
rão ocorrer apenas casos
isolados de escassez. Por
sua vez, Cláudio Conz,
presidente da Anamaco
(Associação Nacional dos
Revendedores de Materiais
de Construção) revelou
que as vendas aumentaram 3,5%
no período janeiro-julho, o que
pode levar, pela primeira vez, o
varejo a crescer menos do que o
PIB. Ressaltou, no entanto, que
existem excelentes perspectivas
para a construção civil, que é
prioridade para o governo e tem
forte apelo para o consumidor.
“Realizado em um momento de
incertezas no cenário interna-
cional, cujos reflexos no Brasil
ainda são pouco previsíveis, o
Fórum Abrafati deste ano foi
especialmente importante. Mos-
trou que temos muitas oportu-
nidades e desafios pela frente,
que devem ser considerados no
planejamento e na tomada de
decisões”, avalia Oliveira.
Expectativas de crescimento
para 2011 e 2012
Depois de um resultado muito
positivo em 2010, a indústria
de tintas tinha a expectativa de
mais um bom desempenho em
2011. No final do ano passado,
as previsões anunciadas pela
Abrafati tinham um tom otimis-
ta. Porém, em função do fraco
desempenho da economia brasi-
leira neste ano e dos mercados
que utilizam tintas, o setor se
viu obrigado a adequar suas pre-
visões à realidade, como fizeram
diversos outros segmentos e o
próprio governo.
“Teremos crescimento, como
previmos no final de 2010, mas
em percentuais mais modestos”,
afirma o presidente do Conselho
Diretivo da Abrafati. “O comple-
xo cenário externo gera preocu-
pações. O Brasil, como na crise
anterior, tem condições favorá-
veis para enfrentar a atual, mas
não está imune aos seus efeitos.
O governo tem procurado agir,
com medidas para estimular a
economia e o setor produtivo,
mas por outro lado estimulou a
desaceleração, com a escalada
dos juros. Com as incertezas, os
sinais de desaquecimento estão
por toda parte, mesmo com a