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PAINT & PINTURA
Novembro 2011
203
A capacidade de uma tinta com base em emulsão for-
mar um filme rígido sem trincas e homogêneo durante
a secagem é medida através da temperatura mínima de
formação do filme (MFFT em inglês), que é determinada
pela ligação e pela presença de solventes e plastificantes
na tinta.
Durante a secagem, a emulsão muda de uma dispersão
coloidal transformando-se em um filme de polímero (Fi-
gura 1). Esse processo de formação de filme pode apenas
ocorrer se o filme for formado a temperaturas acima
de MFFT. Se a secagem ocorrer abaixo de MFFT, não há
formação do filme e o resultado do processo de secagem
será um filme trincado e sem estabilidade mecânica.
O MFFT da emulsão está correlacionado diretamente à
temperatura de transição vítrea (Tg) do polímero: quanto
mais alto o Tg, mais alto o MFFT. No entanto, o nível de
correlação varia entre as diferentes emulsões de polímero.
Por exemplo, polímeros como estireno-acrílicos (S/A) que
são normalmente usados em tintas decorativas conven-
cionais à base de água têm Tgs quase idênticos ao MFFTs.
Por outro lado, sistemas como, por exemplo, as emulsões
VAE permitem a formação de um filme a uma tempera-
tura significativamente mais baixa do que seus Tgs. Para
tintas decorativas, o MFFT deve ficar abaixo de 5°C.
A adição de solventes ou plastificantes à tinta leva a um
relaxamento temporário da ligação de polímero, dimi-
nuindo o MFFT. Por causa do alto MFFT das ligações usa-
das para tintas decorativas convencionais à base de água,
a adição de solventes ou plastificantes é necessária para
baixar o MFFT da tinta e para assim permitir a formação
do filme. As tintas de baixa emissão, por outro lado, são
formuladas sem solventes ou plastificantes, pois usam
ligações como aquelas nas emulsões VAE, que permitem
excelente formação de filme a baixas temperaturas sem a
necessidade de solventes ou plastificantes
3. Importantes exigências para tintas decorativas
As propriedades mais importantes das tintas decorativas
são suas resistências à abrasão úmida, poder de cobertura
e resistência a pegajosidade ou “blocking”.
Em tintas à base de água, a resistência a abrasão úmida
está principalmente correlacionada à dureza da ligação
usada na tinta e consequentemente ao Tg do polímero
contido na ligação. De acordo com os padrões Abrafa-
ti para resistência a abrasão, um mínimo de 100 ciclos
sem material abrasivo é necessário para a tinta atingir o
status de Econômica. Para cumprir o critério de uma tinta
Standard, é necessário atingir 40 ciclos usando material
abrasivo, e finalmente, o status de tinta Premium é ape-
nas alcançado com um mínimo de 100 ciclos na presença de
material abrasivo.
Outro importante critério de desempenho para tintas
decorativas é a classe de poder de cobertura úmida. Uma
tinta Econômica deve cumprir um índice de contraste de
55%; uma tinta Standard, de 85%; e uma tinta Premium deve
cumprir pelo menos 90%.
4. Tintas decorativas de baixa emissão de VOC
Num esforço para reduzir o impacto das tintas con-
vencionais à base de água na qualidade do ar interno,
uma forte tendência desenvolvida em diversos países é
a identificação especial de produtos amigáveis ecolo-
gicamente indicando que não contêm quaisquer agen-
tes coalescentes. A Figura 2 mostra o cromatograma
de gás (GC) de uma tinta decorativa sem emissão em
comparação com uma tinta decorativa que contenha
plastificante.
O norte da Europa e a Alemanha são os maiores con-
sumidores de tintas sem emissões, com mais de 50%
da parcela do mercado de tintas decorativas com essa
nova tecnologia. A introdução de tintas sem emis-
são em outras regiões, como, por exemplo, a América
do Norte, China,Índia e América Latina, mostra que
a tendência de eliminação de agentes coalescentes
nas tintas está crescendo e que as tintas sem emissão
provavelmente se tornarão um dos sub-segmentos da
indústria de tintas decorativas com altíssimo potencial
de crescimento.
5. Emulsões para tintas com baixa emissão de
VOC
A produção de tintas decorativas sem solventes e plas-