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PAINT & PINTURA
Março 2012
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C
omo a grande maioria
dos segmentos, o mer-
cado de resinas poliu-
retânicas também vem
buscando a inovação
sustentável. As resinas
diluíveis emáguacontinuamtendo forte
procura e jápassama ser especificadas e
exigidas por empresas que adotampolí-
ticaambiental enormas internacionais.
“As dispersões aquosas são, sem dúvida,
omais relevante avanço tecnológico em
resinas poliuretânicas para tintas. Neste
mercado existe um grande esforço para
substituir as tintas à base de solventes
por água, melhorando a salubridade
do ambiente de trabalho, reduzindo o
risco de incêndios e eliminando emis-
sões nocivas ao meio ambiente”, afirma
Ricardo Cesar Araujo, coordenador de
desenvolvimento do setor de poliureta-
nos da FCC.
Essas resinas são comercializadas para
quase todos os segmentos e por se tratar
de sistema que requer muita resistência
química e mecânica, além de caracte-
rísticas mais específicas para atender
exigências maiores, faz destes produtos
umadiferença emrelaçãoàs demais tec-
nologias domercado. “As resinas poliure-
tânicas evoluemconstantemente e, hoje,
além de sistema base solvente, existem
resinas e catalisadores disponíveis para
sistema base água e isto, realmente, faz
a diferença em termos de tecnologia.
Essas resinas podematender uma infini-
dade de características, dependendo da
necessidade do cliente, e isso influencia
diretamente no desempenho do produto
acabado”, ressalta Mario Fernando, ge-
rente comercial da Galstaff Multiresine
do Brasil.
Para Sérgio Alves, representante técnico
de vendas de poliuretanos da BASF, os
avanços tecnológicos mais relevantes
de resinas poliuretânicas são destinados
ao mercado moveleiro. “Um exemplo
é o verniz para acabamento, utilizado
em larga escala e que, atualmente,
apresenta-se comoumproduto cada vez
mais resistente ao risco. A ideia é evitar o
amarelamentodoverniza fimdemanter
o bom acabamento”, explica. Ele ainda
completa que as indústrias automotiva
e moveleira vêm utilizando esse tipo de
resina, pois ela confere ao produto me-
lhor resistência química e física.
Outro importante avanço está ligado à
nanotecnologia. “A evolução da nano-
tecnologia empregada nas formulações
permite, cada vezmais, aplicação de ca-
madasmenores de tintas nos substratos.
Comissootimiza-se o custode aplicação
e consegue-se um acabamento final
mais atrativo”, destaca Anilton Flávio
Ribeiro, diretor de tintas e industrial da
Arinos/Univar.
Tendências
As empresas fornecedoras de resinas
poliuretânicas para o mercado de tin-
tas têm buscado o desenvolvimento
de inovações diretamente ligadas a
produtos ambientalmente corretos.
“Estamos há muito tempo trabalhando
com resinas de alto sólidos e baixo VOC
e isso é extremamente positivo, porque
permite o mesmo desempenho sem
solvente e o custo, na maior parte das
vezes, é mais competitivo, e os clientes,
geralmente, ficam muito satisfeitos,
e a demanda está crescendo bastante
no mercado brasileiro. Portanto, por
meio desta demanda podemos medir o
comportamento do mercado brasileiro,
que apesar das críticas tem reagido de
maneira bastante positiva a esta neces-
sidade”, informa Fernando, da Galstaff
Multiresine do Brasil.
A BASF é outra empresa que tem procu-
rado, nos últimos anos, materiais com
menos impactos ambientais, tais como
as tintas base água.
AReichhold temfocadoemprodutos vol-
tados às questões sustentáveis, aliando
baixoVOCcommelhordesempenho final
do produto. “Neste caso, temapresenta-
do ao mercado de tintas e vernizes sua
Arolon5900, uma emulsão acrílica para
sistemas PU bicomponente base água
para aplicações industriais, e tambémo
Urotuf F97MPW33, umóleouretanizado
base água que possibilita a formulação
de vernizes de alta resistência abrasiva,
elevada durabilidade, com baixo VOC e
matérias-primas de fontes renováveis”,
destaca André Luiz de Oliveira, super-
visor de desenvolvimento de mercado &
assistência técnica – Coatings da Reich-
hold do Brasil.
Elaine Guedes, gerente de negócios Iguatu –
AkzoNobel
Ricardo Cesar Araujo, coordenador de
desenvolvimento do setor de poliuretanos da FCC