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Março 2012
PAINT & PINTURA
Latin America and World News
Brasil produziu 600 mil toneladas de
embalagens de lata de aço em 2011
A indústria brasileira produziu 600 mil toneladas de embalagens de aço em 2011, sendo que 280 mil delas com matéria-
-prima reciclada. Foram ao todo 12 bilhões de unidades, contra 11 bilhões em 2010. O faturamento atingiu US$ 4,5
bilhões, de acordo com dados da Abeaço (Associação Brasileira de Embalagem de Aço). Esse crescimento deve-se, entre
outros fatores, ao aumento das exportações de alimentos enlatados, em especial, a carne.
A carne enlatada é exportada principalmente para a Inglaterra e para os Estados Unidos, onde é usada por soldados
americanos pela praticidade de transporte e por manter a integridade do produto até sua abertura. Os brasileiros, que
não têm o costume de comer carne em lata de aço, consumiram em 2011 cerca de 20% da produção de 200 mil toneladas.
No setor químico, os resultados foram ainda melhores, com o crescimento da venda
de tintas devido ao bom momento imobiliário vivido no País e o aumento de pro-
moções de cosméticos em embalagens de aço.
Outros segmentos que utilizam embalagens de aço, como é o caso dos atomatados,
não obtiveram o mesmo resultado. Apesar da queda deste ano, a expectativa é de
crescimento do uso do aço nas embalagens em 2012. “Para os atomatados, o trans-
porte em embalagem flexível é muitas vezes difícil e por isso temos observado o
retorno ao aço. Além disso, a lata de aço é a única embalagem presente na categoria
capaz de cumprir as políticas de resíduos no País”, ressalta a gerente executiva da
Abeaço, Thais Fagury.
Déficit em produtos químicos
atinge recorde de US$ 26,5 bilhões
O déficit na balança comercial de
produtos químicos atingiu US$ 26,5
bilhões em 2011, o maior já registrado
na história. O valor representa um
aumento de 28,3 % em relação a 2010
e crescimento de 14,2% em relação ao
déficit registrado em 2008, de US$
23,2 bilhões.
Em 2011, as importações de produtos
químicos foram de US$ 42,3 bilhões,
equivalente a um crescimento de
25,5% em relação a 2010. Já as expor-
tações, de US$ 15,8 bilhões, tiveram
um aumento de 21,0% na comparação
com o ano anterior. As importações
de intermediários para fertilizantes
alcançaram US$ 8,7 bilhões, valor
78,5% maior do que o registrado no
ano de 2010.
De acordo com o presidente-executivo
da Abiquim, Fernando Figueiredo,
o avanço acentuado do déficit do
setor nos últimos anos é explicado,
em parte, pelo fato de o aumento
da demanda interna por produtos
químicos ser cada vez mais atendido
por importações. Figueiredo ainda
destaca o Pacto Nacional da Indús-
tria Química como um movimento
para recuperação do déficit comer-
cial do País no setor químico. Para o
executivo, é fundamental que sejam
realizados investimentos associados à
substituição de importações e à am-
pliação das exportações. De acordo
com o estudo, os investimentos na
indústria química brasileira devem
chegar 167 bilhões de dólares até
2020, criando mais de 2 milhões de
empregos.
Fernando Figueiredo, presidente-executivo
da Abiquim