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Abril 2012
PAINT & PINTURA
crescimento em torno de 2%.”
Mantas ainda informou que mesmo
se não houver uma crise mundial
existe grande preocupação com os
impactos no futuro. “Existe uma pre-
ocupação com as dívidas dos países, e
é importante tentar reduzi-las. Além
disso, 2012 é um ano em que coincide
o maior número de eleições no mun-
do, ou seja, mudanças de liderança.
Este ano provavelmente será um ano
de estagnação devido a todas essas
questões e mudanças políticas. Por
isso, é necessário controlar tudo que
podemos”, concluiu.
Ainda no período da manhã, José Car-
los Grubisich, falou sobre “A biomassa
e a química do futuro”. “A indústria
química se preocupa muito com a
tecnologia verde e tem realizado enor-
mes ganhos de performance, como
resultados excepcionais nas áreas de
SSMA (Saúde, Segurança e Meio Am-
biente); eficiência energética; redução
de consumo de água; redução de
emissões e geração de resíduos; pro-
gressos significativos na tecnologia
de processo – melhor rendimento com
produtos mais limpos e seguros. Além
disso, um segundo ponto relevante da
tecnologia verde é a dependência do
petróleo ao desenvolvimento de fontes
renováveis de matérias-primas.”
Grubisich também salientou que a
indústria química se desenvolveu a
partir da disponibilidade de matérias-
-primas abundantes e competitivas,
como petróleo, gás natural e carvão.
“Existe uma tendência crescente de
aumento de preços no petróleo e no
gás natural. Os altos preços de petró-
leo, energia e o imperativo de reduzir
emissões de CO2 terão um impacto im-
portante no futuro do setor.” Para ele
a oportunidade do momento é o de-
senvolvimento de fontes renováveis de
matéria-prima a partir da biomassa.
“O potencial para a indústria quími-
ca é construir unidades de produção
integradas próximas às refinarias
do futuro para obter matéria-prima
competitiva, disponibilidade de água
e energia competitiva a partir da bio-
massa. A biomassa será competitiva
e sustentável, ou seja, uma oportuni-
dade a curto prazo para a indústria
química. Já o etanol, de açúcar ou
celulose, apresenta uma alternativa
limpa e criativa de matéria-prima
para o setor químico, além de novas
tecnologias que transformarão o se-
tor. A indústria química é a solução
e não a criação de problemas para a
sociedade”, finalizou.
Ainda no primeiro dia houve a apre-
sentação do painel “Química verde na
visão da indústria”. Os palestrantes
Pedro Fortes, da Eastman; Frank Al-
cantara, da Braskem; Luis Cirihal,
da Dow Brasil; e Elaine Poço, da
AkzoNobel, mostraram a jornada das
companhias em prol da sustentabili-
dade, enfatizando a busca constante
pelo desenvolvimento de produtos
sustentáveis.
O segundo dia do evento iniciou com