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Maio 2012
PAINT & PINTURA
queda da atividade econômica, até
mesmo recessão, contribuem para a
redução do consumo de matérias-
-primas. No entanto, os países em
desenvolvimento têm apresentado
boas demandas e expectativas de
crescimento. “Acreditamos que, prin-
cipalmente a partir do segundo se-
mestre, tanto o mercado interno como
o externo apresentarão resultados
satisfatórios”, conclui Camila.
Na opinião de Laura Dominciano,
supervisora de vendas da Grace, o
mercado brasileiro se mostra bastante
estável, com crescimento abaixo do
esperado, mas de maneira sólida.
“Nossos produtos são comercializa-
dos em segmentos que normalmente
crescem acima do PIB; dessa forma,
é natural que nosso crescimento
acompanhe a evolução desses setores.
O mercado brasileiro para sílicas re-
flete, principalmente na situação do
consumo interno, mais do que fatores
macro-econômicos; índices como PIB
brasileiro, inflação, taxa de juros,
inadimplência, nível de emprego e
renda são determinantes para cres-
cimento ou estagnação. Projetamos
crescimento mais significativo no
segundo semestre deste ano.”
Para André Rosa, gerente de vendas
sílicas HDK daWacker, o mercado bra-
sileiro de sílicas tem crescido acima
da média da indústria em geral. “Per-
cebemos o aumento das solicitações
por desenvolvimentos que incluem
algumas de nossas especialidades:
sílicas pirogênicas hidrofóbicas, que
auxiliam no melhor desempenho das
tintas e são utilizadas em aplicações
especiais, nas quais o alto desempe-
nho é necessário. Esse desempenho
positivo foi observado nos principais
mercados de sílica HDK, como tintas
industriais, automotiva, compósitos,
cosméticos e adesivos especiais.”
André Rosa também afirma que a
crise mundial afetou os negócios
da Wacker, inclusive no mercado de
sílicas. “Porém tivemos uma forte re-
cuperação dos negócios já em 2010,
mantendo-se positivamente até o
final do último trimestre de 2011,
quando houve uma queda significati-
va que não chegou a comprometer o
crescimento consolidado da empresa
em 2011, que fechou o ano com fatu-
ramento de
4,91 bilhões. A Wacker
espera um ano desafiador devido ao
baixo desempenho no último trimes-
tre de 2011 e à situação econômica
mundial, que deve se manter até pelo
menos o meio do ano, porém conside-
ramos a recuperação dos negócios já a
partir do primeiro trimestre de 2012,
com crescimento contínuo no decorrer
do ano até atingirmos a meta de apro-
ximadamente
5 bilhão.
O plano de investimento
seguirá inalterado, com
valores em torno de
1
bilhão e com foco na
expansão da capacidade
produtiva para atender
a demanda crescente
de nossos clientes. Por-
tanto, a Wacker está
otimista para mais um
ano de sucesso.”
Para Elaine Luciano, geóloga da
J.Reminas, a história da evolução da
sílica é o que se chama de emergentes
minerais; seu uso era desconhecido
por algumas formulações no mer-
cado, como fundição, fertilizantes e
tintas. “Como nossas pesquisas são
sempre voltadas para evolução de
novas frentes de uso fora de nosso
país, em 2007 tivemos uma grande,
senão a maior, alta da sílica coloidal
na introdução das formulações em
tintas automotivas, pelo seu poder
de impermeabilização, e a história
se repetiu em 2010 com introdução
da sílica amorfa em tintas à base
de polímeros. Para nossa surpresa,
abrangemos uma fatia significativa
no mercado internacional no forne-
cimento desses dois tipos de sílicas. E
claro que ainda esperamos muito mais
da sílica em suas propriedades, visto
que sua aplicação ainda pode e deverá
ser muito maior em outros segmentos,
como tinta para serigrafia, que ainda
não descobriu a potência de seu uso.”
Sidney Nascimento, gerente de marketing e
vendas da Cabot
Alexandre Carmello, gerente técnico da Cabot