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Junho 2012
PAINT & PINTURA
Revista Paint & Pintura - Vocês
esperam, então, a volta do fórum
para a cidade do Rio de Janeiro?
Alexandre Brito -
Com certeza. O
sucesso do evento foi tão grande
que outras capitais também estão
solicitando que ele seja levado a
elas. Dessa forma, o Rio de Janeiro
vai aguardar a sua vez para receber
novamente o fórum.
Revista Paint & Pintura - O Rio de
Janeiro tem um mercado diver-
sificado e tem forte atuação nos
segmentos de tintas imobiliárias,
marítimas, industriais e repintura.
Como o senhor avalia os resultados
de 2011 para a região?
Alexandre Brito -
O ano de 2011 foi
um pouco prejudicado pela tentati-
va do governo de conter a inflação.
Infelizmente, ele dosou errado e
os resultados foram prejudicados,
porque muitas empresas retardaram
investimentos, o próprio consumo
ficou um pouco retraído, em função
das medidas que o governo tomou. A
gente sabe, é claro, que o Brasil hoje
vive uma realidade completamente
diferente daquela que vivia há al-
guns anos. Então, a diversidade de
mercados que o Rio de Janeiro tem
vai proporcionar aos fabricantes
alguns anos de boa atividade. A
Copa do Mundo e as Olimpíadas vão
trazer bons negócios para o mercado
carioca. A tendência para os próxi-
mos anos é de se aproveitar esses
eventos e essa pujança econômica
que o Brasil vem vivendo.
Revista Paint & Pintura - No geral,
o resultado foi ruim?
Alexandre Brito -
Não é bem isso. No
início de 2011, a previsão era de que
o mercado cresceria 11%; no meio do
ano foi repensado para 4%; e no final
do ano tivemos um crescimento entre
2% e 3%. Então, o que se esperava
do ano era uma coisa muito boa, e
realmente a economia demonstrava
isso. Infelizmente, o governo, com
medo da inflação, tomou medidas
restritivas ao crédito que contiveram
a produção e isso afetou o resultado
final do mercado.
Revista Paint & Pintura - Mas o
mercado de tintas cresceu mais do
que a inflação...
Alexandre Brito -
Cresceu sim, o
mercado de tintas foi beneficiado
pela ascensão das classes sociais,
com um ganho de saturação de
mercado e, portanto, mais gente
comprando tinta. Só que a economia
em si foi prejudicada por essas ati-
tudes do governo, que, se não tivesse
interferido tanto, eu tenho certeza
que os resultados seriam melhores.
Revista Paint & Pintura - E para
2012, o que se pode esperar?
Alexandre Brito -
Espero que 2012
seja melhor que 2011, e faço votos
de que todos nós saiamos ganhando
com isso. Eu vejo que o Brasil vive um
momento de pujança e temos que
aproveitar esse momento e continu-
ar em frente.
Revista Paint & Pintura - Qual a
mensagem que o senhor deixa para
os fabricantes e os fornecedores
do setor?
Alexandre Brito -
Eu acho que nós
temos que acreditar no mercado e
acreditar no Brasil, pois já passou a
época em que o País era uma dúvida.
Hoje, eu acho que ele é uma certeza,
e cabe a nós transformar o Brasil em
uma certeza cada vez maior. Não
adianta esperar o governo; cada um
deve trabalhar e buscar o seu mer-
cado. Assim, todos saem ganhando.
“A fórmula utilizada pela Agnelo Editora para a realização dos
fóruns é a ideal. Nós não vemos mais lógica nos congressos
onde as empresas têm de deslocar seus técnicos para grandes
distâncias. A ideia de se levar os fornecedores para perto dos
fabricantes é interessante e ágil, e esse evento tem tudo para
continuar acontecendo por muitos anos”.