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Setembro 2012
PAINT & PINTURA
adesivos desenvolvemos um oligôme-
ro com foco para uma demanda de
mercado onde se exige alto desempe-
nho e alta durabilidade. O Policarbo-
natodiol (PCD) foi desenvolvido para
suprir essa demanda do mercado,
conferindo para as resinas altíssima
resistência contra intempéries, hi-
drólise, abrasão, óleos, temperatura
e agentes químicos”, informa Daniel
Hernandes, executivo de contas.
A BASF investirá em um complexo
produtivo de escala global para a
produção de ácido acrílico, acrilato
de butila e polímeros superabsorven-
tes (SAP) em Camaçari (BA). Será a
primeira fábrica de ácido acrílico e
superabsorventes da América do Sul.
Com um investimento superior a 500
milhões de euros, esse será o maior
aporte da BASF ao longo de sua his-
tória de cem anos na América do Sul.
“O investimento da BASF permitirá
potencializar os benefícios para toda
a cadeia produtiva do ácido acrílico,
não apenas em razão da capacidade
de produção do projeto e do porte
do investimento como também pelas
tecnologias disponíveis. Além disso,
estimulará o surgimento de um novo
ciclo de investimentos no Pólo de Ca-
maçari, atraindo novas empresas de
manufatura para a Bahia. Além dis-
so, a BASF passará a produzir acrila-
to de 2-etil-hexila – uma importante
matéria-prima para as indústrias de
adesivos e tintas especiais – no atual
Complexo Químico de Guaratinguetá
(SP). Essa também será a primeira
fábrica do produto na América do
Sul”, divulga Valter Milani, gerente
do departamento de acrílicos.
Evolução e cenário atual
Para Santos, da Quiminutri, a deci-
são da BASF de montar uma fábrica
de monômeros acrílicos reflete, da
melhor maneira, a evolução e as
oportunidades no mercado de mo-
nômeros. “No mercado de UV, onde
é o nosso maior foco, a evolução da
tecnologia carrega por si só a evo-
lução e as oportunidades na linha
de monômeros UV, os quais estão a
cada ano superando as expectativas.
Evoluções importantes também para
que possa se estabelecer um volume
de produção e financiar estudos para
o desenvolvimento de novas molécu-
las e produtos ambientalmente mais
corretos. Quanto à crise internacio-
nal, teve sim influência no mercado
de monômeros, porém não acredito
que isso foi muito significante para
afetar esse mercado.
A grande dificuldade
continua nas grandes
variações de preço na
linha de monômeros,
como o GAA no mer-
cado de monômeros
UV, que devido a sua
constante variação de
preço faz os fornece-
dores de monômeros
UV viverem em cons-
tante instabilidade de
preço”, alerta.
Desde o início de 2011 a procura
por monômeros acrílicos no Brasil
apresenta forte crescimento em
razão, principalmente, dos volumes
crescentes das vendas do mercado de
tintas imobiliárias e automotivas,
bem como de resinas/emulsões para
os mercados de papéis, adesivos e
construção civil. “Da mesma forma,
o consumo global de SAP (superab-
sorventes) para fraldas descartáveis
também apresentou forte crescimen-
to, o que resultou em escassez de
ácido acrílico cru, matéria-prima
principal para SAP e também para
os demais monômeros acrílicos. Com
o novo complexo acrílico, esperamos
que o investimento traga um impac-
to muito positivo para a balança
comercial do País, de cerca de US$
300 milhões ao ano, sendo US$ 200
milhões por meio da redução de
importações e US$ 100 milhões em
função da criação de exportações”,
prevê Milani, da BASF.
Maria de Fátima, da Bandeirante Braz-
mo, afirma que o mercado de cura UV
no Brasil está crescendo. “Novas aplica-
ções e novas exigências estão surgindo,
o que favorece o uso de monômeros
curados por UV especiais. O mercado
como um todo está sentindo os efeitos
da crise, porém os monômeros curados
por UV não estão apresentando dificul-
dades particulares.”
Para Roberto Cafório, gerente re-
gional de negócios para América do
Sul da IGM Resins, a aplicação da
tecnologia em si tem se desenvolvi-
do e conquistado novas aplicações,
além de aprimorar a performance
daquelas já existentes por meio da
utilização de novos oligômeros e
aditivos. “O desafio está na correta
utilização da tecnologia, do controle
do processo de cura e, principalmen-
Daniel Hernandes, executivo de vendas da UBE