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Novembro 2012
PAINT & PINTURA
em detrimento de outros, por ques-
tões pontuais de custo. Em muitos
casos, também, temos conseguido
substituir alguns hidrocarbonetos,
principalmente aromáticos, por meio
de formulados que contenham sol-
ventes oxigenados. Além disso, não
temos observado em nosso segmento
o surgimento de muitas alternativas a
partir de fontes renováveis. Os poucos
produtos apresentados, muitas vezes,
não conseguem substituir, por conta de
suas características físico-químicas, os
solventes que são utilizados em maior
volume. Ainda temos muito que cami-
nhar nesse sentido.”
Para João Rodrigues, gerente de no-
vos negócios da divisão industrial da
Makeni, os solventes oxigenados estão
competitivos em relação a outros sol-
ventes, com boa disponibilidade no
mercado local, o que vem permitindo
a tendência de aumento do cresci-
mento do consumo. “De forma geral,
o crescimento na última década está
em torno de 45%, considerando a
substituição de outros solventes e do
crescimento do mercado industrial em
geral e automotivo (original e repin-
tura). A Makeni opera na distribuição
com solventes oxigenados oriundos da
indústria petroquímica e aumentando
no portfólio a disponibilidade de sol-
ventes oxigenados com baixa emissão
de voláteis.”
Anilton Flávio Ribeiro, diretor de
tintas e industrial da Univar, revela
que, nos últimos três anos, observou
um aumento de 12% no consumo dos
solventes no segmento de tintas. “Isso
aconteceu por sua grande versatilida-
de no uso nas tintas, tanto base água
como em base solvente. Além disso,
cada vez mais a linha de produção
dos solventes oxigenados tem como
origemo óxido de propileno, o que con-
fere alta biodegradabilidade e melhor
perfil toxicológico”, garante Ribeiro,
acrescentando que o
fator custo, quando
olhado de maneira
isolada, tem inibido a
aplicação em alguns
clientes, pois possuem
como base a linha dos
hidrocarbônicos.
Para William Cosac
Chiossi, gerente da
unidade de negócios
da M.Cassab, o con-
sumo de solventes oxigenados cresce
conforme a produção de tintas. “Não
podemos dizer que existe aumento
de consumo, pois a substituição dos
solventes aromáticos por oxigena-
dos acompanha a redução do uso de
solventes por alternativas como base
água, alto sólidos e pó. Além disso,
fatores ambientais, como ataque à
camada de ozônio, medidos como VOC,
e ocupacionais, conforme normas
internas, são cada vez mais exigidos
por empresas que atendem o mercado
europeu, japonês e americano. No
Brasil os fatores custo, odor e solvência,
por vezes, limitam seu uso.”
Álvaro Louzão, coordenador de
negócios da BASF - Departamento
de Químicos Industriais, afirma que
devido a um cenário bastante atípico
no mercado de tintas no ano de 2012,
percebeu uma queda nas movimenta-
ções dos produtos da BASF, se compa-
rado com 2011. “Nossos produtos não
seguemamesma tendência dos demais
produtores, uma vez que não temos
produção local. A evolução desse mer-
cado se concentra emuma grande ten-
dência, ou seja, acredito que todas as
grandes indústrias estão trabalhando
no desenvolvimento de solventes oxi-
genados a partir de fontes renováveis,
buscando a sustentabilidade.”
Sérgio Rubio, gestor
técnico da quantiQ
Antonio Leite, diretor global de solventes da
Rhodia Coatis
Anilton Flávio Ribeiro, diretor de tintas e industrial da Univar