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PAINT & PINTURA
Novembro 2012
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O poliacetato de vinila é um material bastante rígido
devido à sua Tg (temperatura de transição vítrea*) rela-
tivamente alta e é frequentemente copolimerizado com
o etileno para obter maior flexibilidade. As dispersões
resultantes do copolímero de acetato de vinila e etileno
apresentam todos os benefícios do homopolímero de
acetato de vinila com relação à força e resistência ao
calor, mas também demonstram melhores propriedades
de adesão e coalescência.
Fig. 1: estrutura do copolímero de acetato de vinila e
etileno
As dispersões de VAE têm geralmente o aspecto de um
líquido branco no qual as partículas sólidas estão dis-
persas em um meio aquoso. Para impedir que as partí-
culas sólidas se aglomerem, substâncias “protetoras” são
dispostas em torno das partículas do polímero. Os tipos
mais comuns de sistemas protetores são os surfactantes
e coloides protetores. Sua finalidade é não somente pro-
teger as partículas de polímero, mas também controlar a
viscosidade e propriedades adicionais como a resistência
à água. Para tintas e revestimentos, as dispersões de VAE
estabilizadas por surfactantes possuem mais vantagens
como, por exemplo, o tamanho diminuto das partículas,
boa pulverização, reologia tixotrópica e resistência à
água, assim como a formação de filme com alto brilho.
Desempenho aprimorado
Em tintas e revestimentos, as dispersões de VAE funcio-
nam como ligantes. Elas proporcionam adesão e coesão,
além de reforçar propriedades importantes como bri-
lho, flexibilidade e dureza. As propriedades da cadeia
polimérica determinam o uso de um determinado tipo
de dispersão para uma aplicação específica. Uma das
principais vantagens das dispersões de VAE para apli-
cações em revestimentos é que o etileno é diretamente
incorporado à cadeia polimérica, fazendo com que ele
atue como plastificante interno estreitamente integrado
com os demais monômeros, minimizando assim o risco
de migração.
A incorporação do etileno à cadeia polimérica permite
que os copolímeros de VAE adquiram maior flexibilidade,
além de facilitar sua interligação e coalescência. Além
disso, ao ser polimerizado com o acetato de vinila, o eti-
leno torna-se mais eficiente que outros co-monômeros
na redução da temperatura de transição vítrea e da
temperatura mínima de formação de película (MFFT**).
A figura 2 mostra o impacto de diferentes co-monômeros
polimerizados com acetato de vinila e o efeito sobre a
temperatura de transição vítrea. Interpretando a figura,
fica claro que o etileno é um monômero que apresenta
efeito plastificante muito mais eficaz para o acetato de
vinila do que, por exemplo, o acrilato de butila (BA). Além
disso, a maior flexibilidade do polímero proveniente da
copolimerização com o etileno proporciona excelente
formação de filme e não somente uma simples redução
da Tg.
Fig. 2: impacto dos co-monômeros sobre Tg dos copolí-
meros VA
Uma vantagem das formulações com os copolímeros VAE
é que elas podem ser desenvolvidas de modo a apresentar
uma resistência à lavabilidade superior, seja o sistema
utilizando ou não coalescentes. Além disso, elas podem
proporcionar melhorias significativas em propriedades
essenciais do revestimento como a coalescência à baixa
temperatura com excelente formação de filme, ao mes-
mo tempo em que reduzem o custo final de formulação
da tinta.
Ademais, as dispersões de VAE apresentam um alto poder
de aglutinação e um bom comportamento reológico, além
de excelente aplicabilidade. Por esse motivo, as dispersões
de VAE conseguem atender as mais altas exigências de
aplicação e desempenho.
Tintas e Revestimentos de Baixo Odor e Baixo
VOC
As crescentes exigências tecnológicas pedem que as tintas