Page 68 - 173

Basic HTML Version

www.paintshow.com.br
68
Dezembro 2012
PAINT & PINTURA
a pré-diluição do espessante acrílico
com água, ou seja, uma parte de es-
pessante para uma parte de água, e
agregar essa mistura à tinta”, explica
Franco Faldini, diretor de marketing
para o mercado de coatings na Amé-
rica Latina da Dow CoatingMaterials.
Outra recomendação que a Dow
Coating Materials faz é em relação
à escolha do pacote de dispersantes.
“A cadeia ácida dos espessantes acrí-
licos compete com o dispersante pela
superfície dos pigmentos, portanto,
a escolha correta é por dispersantes
poliácidos. A escolha errada do dis-
persante pode ocasionar floculacão
de pigmentos, deficiência na trans-
ferência e aplicação do produto, alta
espumação durante aplicação, insta-
bilidade da tinta em prateleira, perda
de brilho e cobertura, chegando até ao
comprometimento da resistência da
tinta. Diferentemente dos espessantes
acrílicos, os espessantes uretânicos
não necessitam de controle mais
rígido de pH, pois atuam em faixas
mais amplas de pH e não necessitam
de alcalinizantes para potencializar
sua eficiência. Por outro lado, os
espessantes uretânicos são líquidos
de perfil mais viscoso, devendo ser
incorporado de maneira lenta e com
agitação constante, garantindo a per-
feita homogeneização do espessante
uretânico em todo o conteúdo da tin-
ta, de maneira inversa aos espessantes
acrílicos, dispersantes menos ácidos
e mais hidrofóbicos que são mais
recomendados com os espessantes
acrílicos”, salienta Faldini.
De acordo com Moda, da BASF, para
a correta utilização dos espessantes é
necessário que o fabricante de tinta
se atente para a indicação de cada
produto e quais propriedades são im-
portantes no sistema. “Se o produto
sofrerá alta diluição ou se necessita de
um nivelamento/acabamento mais re-
finado, cada tipo de espessante trará
um benefício específico e, em alguns
casos, efeitos colaterais. O teste de
estabilidade é imprescindível, pois ga-
rante que a performance do produto
será mantida mesmo após o tempo de
prateleira. Outro item a se considerar
é a reprodutibilidade de performance
do produto, lote a lote, pois é um item
fundamental que facilitará a vida dos
operadores da produção, evitando re-
petidos ajustes”, alertaModa, da BASF.
Já Noemi Sakamoto, gerente de ven-
das e marketing da Denver Especia-
lidades, conta que no caso do CMC
(carboximetilcelulose) convencional, o
processo de produção deve ser iniciado
com a dissolução do CMC em água,
com o cuidado de adicioná-lo lenta-
mente para minimizar a formação de
grumos. “Embora possa parecer perda
de tempo, essa prática representa ga-
nho de tempo. Como a taxa de cisalha-
mento nessa etapa é de fundamental
importância, quanto maior ela for
menor será a possibilidade de ocor-
rência de problemas e mais rápido o
CMC pode ser adicionado. Para o CMC
de rápida dispersão, as observações
feitas para o CMC convencional não
se aplicam. Basta lembrar que o CMC
de rápida dispersão deve ser adicio-
nado em um sistema com pH neutro.
A elevação do pH pode ser feita após
Mauro Meda Júnior, coordenador técnico da
Khemeia
Lelis Dias Veloso, gerente comercial da
Lamberti
Marcio Gitti, supervisor de laboratório de
aplicações técnicas tintas da Oswaldo Cruz