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Dezembro 2012
PAINT & PINTURA
Adriano Petrone, sócio e diretor da Wana Química
a adição do CMC, e não antes”, avisa.
A escolha do modificador é primordial
para o acabamento da tinta aplicada,
porém a porcentagem de utilização
vai depender da formulação em ques-
tão. “Vários fatores podem aumentar
ou comprometer a performance
desse aditivo, como tipos de resinas,
tamanho de partícula da resina
(quanto menor, melhor a interação/
performance), tipo e quantidade de
surfactantes, tipo de coalescente,
cargas e pigmentos e até o tipo de
dispersante pode influenciar. Vale
ressaltar que a tinta é composta por
uma série de aditivos, sendo que cada
um tem sua função determinada e um
bom balanceamento é requerido para
a melhor performance do produto
final”, aconselha Petrone, da Wana
Química.
Diniz, da Denver Resinas, afirma que
os cuidados devem ser tomados na
adição dos produtos durante as fases
de produção das tintas. “O pH desses
materiais é de caráter ácido (3,5 a 5) e
as tintas à base de látex (acrílicas, vi-
nílicas ou outras) são estabilizadas em
pH alcalino, geralmente entre 8 e 9.
Recomenda-se a prévia neutralização
dos espessantes associativos antes da
adição ao sistema, e sua incorporação
deve ser feita em homogeneização
constante, evitando-se desse modo
qualquer inconveniência causada por
choque de pH”, lembra.
Carlos Russo, diretor técnico da
Adexim-Comexim, destaca que nas
tintas à base de água, os tipos orgâ-
nicos, podem proliferar bactérias, o
que acarretará em usar bactericidas
de utilização questionável. Já os
inorgânicos normalmente são mais
econômicos, atendem base água ou
solvente e são mais fáceis de serem
incorporados.”
O coordenador técnico da Khemeia
conta que certos cuidados devem ser
tomados na adição dos espessantes
à formulação de tintas, pois vários
fatores influenciam no desempe-
nho do espessante. “Por exemplo, a
escolha certa do dispersante é de
extrema importância, pois a cadeia
ácida dos espessantes HASE compete
com o dispersante por áreas dispo-
níveis na super-
fície do pigmento
e das cargas, com
isso podem ocorrer
floculação, perda
de brilho e lava-
bilidade, nivela-
mento etc. No caso
dos surfactantes
e u m e c t a n t e s
são aditivos que
c ompe t em c om
os espessantes na
formulação e têm
como consequên-
cia sua estrutu-
ra enfraquecida,
ocorrendo queda
de viscosidade, aumentando, em
muitos casos, a demanda do uso dos
espessantes. Já a adição de coalescen-
tes mais miscíveis em água permite
a solvatação dos grupos hidrofóbicos
dos espessantes, reduzindo a quan-
tidade disponível para associação, e
como consequência ocorre a redução
na viscosidade. As emulsões com ta-
manho de partícula menores deman-
dam menos espessante. Os produtos
sólidos em volume e PVC também
influenciam na demanda e na escolha
correta do espessante.”
Para Marcio Gitti, supervisor de
laboratório de aplicações técnicas
em tintas da Oswaldo Cruz, deve-se
tomar cuidado na escolha dos es-
pessantes acrílicos, verificando suas
características de utilização. “Temos
espessantes acrílicos de alto poder de
espessamento, com utilização e reco-
mendação para massas e texturas; e
também espessantes acrílicos HASE
com utilização nas tintas, podendo
ser combinados com modificares
reológicos.”