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PAINT & PINTURA
Jan/Fev 2013
47
O
mercado de disper-
sões pigmentárias
teve uma grande
evolução dentro da
indústria de tin-
tas. Ao adquirir as
dispersões pigmentárias
já prontas, a indústria tem grandes
vantagens, pois consegue eliminar de
seu processo de fabricação essa etapa
trabalhosa, de custo elevado, e ainda
economiza tempo.
Nesse setor é possível detectar cada
vez mais um aumento de demanda por
dispersões, principalmente no setor
decorativo. As preparações pigmen-
tárias para tintas decorativas podem
se dividir em sistemas “in plant” (tin-
gimento feito dentro da fábrica dos
produtores de tinta) e sistemas “in
can” (tingimento realizado nas lojas).
Existe ainda outro modelo no ponto
de venda chamado de bisnagas, na
qual as preparações pigmentárias
são formuladas especialmente para
aplicação na tinta pelo consumidor
José Marcos Qualiotto, gerente regional de
serviços técnico de coatings da BASF
Milton Yoshio Uehara, coordenador técnico para
América Latina da Clariant
final. No segmento industrial também
já existe um aumento gradativo do
consumo de dispersões pigmentárias.
Devido a essa alta do mercado de
dispersões, os fornecedores também
estão tendo que se adequar às exigên-
cias técnicas das indústrias, buscando
mais qualidade, propriedades especí-
ficas, como Apeo free e base água, e
dispersões à base de pigmentos de alta
performance.
Tendências e inovações
À medida que aumenta a pressão do
mercado pela definição de restrições
às matérias-primas potencialmente
nocivas ao meio ambiente, as em-
presas fornecedoras de preparações
precisam adequar-se às novas deman-
das para poder atendê-las. “Seguindo
esta tendência mundial, acredito que,
num futuro breve, as preparações pig-
mentárias para o setor decorativo no
Brasil terão que ser isentas de Apeo e
também de VOC. A Clariant já possui
linhas de produtos aptas para atender
essa demanda. Inclusive, os últimos
desenvolvimentos foram em disper-
sões de baixo teor de VOC e algumas
dispersões para segmentos específicos,
como para embalagens de alimentos,
papel e sementes. Logicamente, todas
estas novas dispersões vão ao encon-
tro das necessidades ambientais e
toxicológicas para uso em produtos
do setor de alimentos”, revela Milton
Yoshio Uehara, coordenador técnico
para América Latina da Clariant.
Já Wagner José de Moraes, diretor
comercial da Cleomar, destaca outros
pontos também importantes: “A ten-
dência para os próximos anos é de que
os fabricantes de tintas estabeleçam
fortes alianças com parceiros confiá-
veis, que possam produzir dispersões
pigmentárias com tecnologias que
atendam suas necessidades, esta-
belecendo acordos de especificações
que garantam a estabilidade das dis-
persões na viscosidade adequada, no
poder de tingimento, na constância
da cor e, também, no abastecimento
dentro do prazo que o cliente neces-
Harry Heise, diretor da Forscher