Page 67 - 174

Basic HTML Version

www.paintshow.com.br
PAINT & PINTURA
Jan/Fev 2013
67
que é uma solução fácil para uma modernização com efici-
ência energética dos edifícios, sem necessidade de trabalhos
físico-estruturais.
Pigmentos de efeito especiais não são úteis apenas no inte-
rior dos edifícios para a economia de energia, mas também
ajudam a proteger o edifício.
Pigmentos de efeito especiais protegem contra o
crescimento de fungos e algas
Condições climáticas úmidas causam crescimento de algas e
fungos nas fachadas de edifícios. As paredes ficam cobertos
com organismos de algas verdes. Esse efeito não atraente
prejudica tanto a beleza quanto o valor da propriedade.
Um estudo realizado em cooperação com o Centro Bavário
de Pesquisa em Energia Aplicada foi realizado para deter-
minar o nível mais baixo em que o crescimento de fungos
e algas pode ser mantido.
A condensação e o crescimento de algas
A melhoria decisiva dos materiais de isolamento
térmico – Nos últimos anos o desenvolvimento de
sistemas de isolamento de calor de alta eficiência
levou a problemas de condensação nas superfícies
das paredes externas. Especialmente no caso de
fachadas muito bem isoladas ocorre condensação
na superfície da fachada. A temperatura da su-
perfície cai abaixo da temperatura do ar, devido
à reflexão do calor para o ambiente e em especial
para o céu frio durante a noite. No longo prazo, e,
nomeadamente no caso de sistemas de isolamento
de calor, isso leva ao crescimento de algas e compostos
orgânicos, que causam um impacto óptico e estrutural
negativo no edifício.
Como uma alternativa aos biocidas tóxicos que são atual-
mente utilizados para resolver esse problema, uma tinta
‘low-e’ (baixa emissão) para fachadas pode ser aplicada.
A partir da utilização de pigmentos de alumínio espe-
cialmente concebidos para a formulação de tinta, o calor
será armazenado. Isso reduz o resfriamento da superfície
da fachada, o que resulta em menos condensação. Além
disso, o crescimento de algas na fachada é reduzido,
já que o crescimento de algas pode apenas ocorrer em
associação com a condensação, e, se as fachadas ficam
molhadas por um longo período, é uma consequência
da condensação.
Com base no modelo teórico, os pigmentos metálicos
IReflex, feitos sob medida, foram examinados em vários
testes em série neste projeto e incorporados em formu-
lações otimizadas para revestimentos. Aqui, o objetivo
era variar não só o tamanho da partícula e as carac-
terísticas de superfície, mas também a rugosidade da
borda dos pigmentos ativos de IR. Ademais, os agentes
de preenchimento, aditivos e agentes de ligação foram
ajustados ao comportamento espectralmente seletivo de
uma tinta de fachada ‘low-e’.
Realização do estudo
Com base nas temperaturas de superfície das diferentes
paredes por um determinado período de tempo é possível
calcular a quantidade de condensação que ocorre na
superfície durante um ano e determinar por quanto a
fachada permanece úmida. Durante os estudos, o grau de
emissão total (
ε
) da superfície da parede variou enquanto
a espessura da camada de gesso da parede (d mm = 6)
foi mantida em um nível constante. Os resultados são
mostrados na fig. 3.
Conclusão
É claramente visível que se o grau de emissão é reduzido a
0,9-0,7 ou 0,5-0,3, a condensação diminui e também por
quanto tempo a superfície da parede permanece molhada.
A condensação é um pré-requisito para o crescimento de
organismos e algas. Um grau de emissão térmica abaixo de
0,4 leva a uma redução quase completa de condensação na
superfície da fachada. Através da utilização de uma tinta
de baixa emissão, com pigmentos de revestimento especial,
o crescimento de algas e a infestação por fungos podem
ser minimizados ou mesmo completamente excluídos.
A quantidade de condensação por ano é apresentada na cor verde e por
quanto tempo a superfície da parede permanece molhada é mostrada na
cor vermelha. A condensação pode ser diminuída com mais êxito quando o
grau térmico (
ε
) de emissão de superfície é reduzido.