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PAINT & PINTURA
Jan/Fev 2013
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uma parceria com a Ningbo Hong-
da Chemicals, distribuidora de seus
produtos.
Três dias foram insuficientes para
visitar os estandes distribuídos em
seis zonas, inclusive uma para ma-
térias-primas da China e outra para
internacionais. Também havia áreas
exclusivas para tecnologia de tinta em
pó, e para matérias-primas para cura
UV, além de duas zonas para máqui-
nas, instrumentos e serviços, sendo
uma internacional, e outra da China.
A receptividade foi acima do esperado.
Porém, a comunicação foi um desa-
fio, pois poucos falavam Inglês, mas
sempre conseguimos nos comunicar.
Ao final, consegui trazer na bagagem
várias oportunidades de matérias-pri-
mas, tanto da China como da Coreia,
para vários segmentos de mercado de
tintas. Surpreendeu a quantidade de
fornecedores chineses que ofereceram
diferentes tipos de dióxido de titânio.
Nossa busca foi concentrada em
matérias-primas para tinta em pó,
entre elas resina poliéster, TGIC, resi-
nas epóxi, sulfato de bário e aditivos.
Também para tintas UV obtivemos
várias oportunidades de represen-
tações de monômeros (acrilados e
metacrilados), oligômeros (uretanos,
epóxi, poliéster, silicone, WS/WB,
promotores de adesão), e outras es-
pecialidades, como fotoiniciadores.
Além disso, vários outros produtos
foram oferecidos, como derivados
de celulose, e até alguns produtos
provenientes da indústria química de
base, como DBE, óxido de propileno,
dicloropropano, DMC, PC, e PG grau
industrial.
O próximo China Coat será em Xan-
gai, e o congresso contará com um
tema especial: “Nano e Bio tecnologia
para Tintas”.
Mercado de tintas chinês
A previsão de crescimento de 10%
ao ano nos próximos cinco anos,
já citada, é sustentada, principal-
mente, pelas medidas políticas do
governo chinês de prover mais de 36
milhões de residências nesse período.
Agrega-se a isso o baixo consumo per
capita, que é de 7,2kg.
O crescimento da produção de ve-
ículos e a consequente necessidade
de repintura desses veículos serão
fatores que impulsionarão o cresci-
mento do mercado de tintas chinês.
Segundo editorial da revista Sinos-
tar, há aproximadamente 20 mil
fabricantes de tintas na China.
Exatamente para acompanhar o
crescimento do mercado as multi-
nacionais instaladas na China estão
fazendo investimentos significativos
em novas unidades. Exemplo disso
é a AkzoNobel, que está investindo
aproximadamente US$ 60 milhões
para crescer nos segmentos auto-
motivo e “aerospace”. O objetivo
é atingir US$ 3 bilhões de fatu-
ramento somente na China, onde
emprega 7.400 funcionários. Está
sendo investido muito também em
tinta em pó.
A Jotun também inaugurou recente-
mente sua nova planta de tinta em
pó, localizada em Jinangsu e ocu-
pando uma área de 130 mil metros,
onde produzirá o Fusion Bond Epoxy.
A Hempel também abriu uma nova
fábrica em Guangzhou, com 56 mil
metros quadrados, para produzir
mais de 56 mil litros.
Já a PPG realocou sua unidade de
produção, principalmente de produ-
tos automotivos, para Xangai, visan-
do seu crescimento em refinishing na
região da Ásia-Pacífico. E a empresa
japonesa Chugoku Marine Paints
acaba de construir sua segunda
fábrica na China.
Congresso
Durante o China Coat também
aconteceram três workshops: “Oti-
mização das propriedades das tintas
e tintas de impressão, pela melhoria
de processo”; “Análise e caracteriza-
ção de tintas e tintas de impressão”;
e “Polímeros e tintas à base d’água”.
Houve ainda o congresso, que ocorreu
dois dias antes da feira, com o tema
“High Grade Coatings - High solids -
High Build - High Tech”, que enfatizou
a busca das empresas em desenvolver
cada vez mais produtos de maior valor
agregado como chave para rentabi-
lidade. O sucesso comercial não está
mais em volume ou faturamento, mas
na alta performance. Em paralelo, a
preocupação com o meio ambiente
está influenciando no desenvolvimen-
to de produtos, ênfase que também
tem sido dada na P&D na produtivi-
dade no chão de fábrica.
*Ricardo Provedel, co-fundador e diretor da
Provedell