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Março 2013
PAINT & PINTURA
José Jordano Pernomian, gerente de produto
da Carbono
Franco Faldini, diretor
de marketing América
Latina - Dow Coatings
Materials
Leni de Abreu Rabello, gerente de vendas da
Dynatech
tendo como função básica elevar a
viscosidade das tintas. “Os modifi-
cadores reológicos consolidaram sua
importância à medida que os formu-
ladores perceberam o quanto este
componente pode contribuir desde
o processo produtivo até a aplica-
ção final. A partir desta percepção,
novas exigências foram impostas e,
consequentemente, novos produtos
foram desenvolvidos. Hoje, dispomos
de produtos que atendem as exigên-
cias deste mercado, proporcionando
à tinta um comportamento reológico
que se ajusta às condições em que a
tinta é submetida, que passam por
produção, transferência, envase,
armazenagem, transporte, diluição,
aplicação, formação do filme, todos
com taxas de cisalhamento variáveis.”
José Jordano Pernomian, gerente de
produto da Carbono, conta que até os
anos 80 predominava na indústria o
uso de materiais celulósicos para con-
ferir reologia às tintas base aquosas.
“Até então, estes materiais eram inte-
ressantes e atendiam as necessidades
da época. O cenário mudou e produtos
mais avançados se fizeramnecessários
para atender um público mais exi-
gente. Com o advento de espessantes
com tecnologia mais moderna à base
de insumos sintéticos mais eficientes,
o mercado passou a ganhar em de-
sempenho, quando relacionados com
os primeiros. Produtos como o CMC
(carboxi-metil-celulose) e HEC (hi-
droxi-etil-celulose) apresentammaior
vulnerabilidade ao ataque de fungos e
bactérias, o que não é tão evidente em
materiais sintéticos. Os espessantes de
base álcali solúveis e base uretano são
os mais usuais. Para os sistemas base
solvente, as argilas organofílicas tipo
hectorita e bentonítica são bastante
difundidas, sobretudo na linha de
esmaltes sintéticos. Ainda há os pro-
dutos à base de sílica, que conferem
ótimo comportamento reológico e de
fluidez, na qual os espessantes con-
vencionais não atendem totalmente.
Em alguns casos, faz-se necessário o
uso de mais de um agente de reologia
na mesma formulação.”
Para Leni de Abreu Rabello, gerente
de vendas da Dynatech, a evolução do
mercado de modificadores reológicos
está relacionada com o desenvolvi-
mento do mercado de tintas imobi-
liárias, segmento que responde por
78% do mercado brasileiro de tintas.
“A maior fatia do mercado fica com os
produtos associativos à base acrílica,
seguidos pelos associativos uretânicos
e os celulósicos para tintas aquosas.”
Mercado em crescimento
Nos últimos anos, o mercado de tin-
tas brasileiro tem evoluído muito na
procura por modificadores reológicos
que possam apresentar excelentes re-
sultados de alastramento, transferên-
cia e resistência à lavabilidade, com
ótima relação de custo e benefício. “Os
modificadores reológicos têm grande
participação nas vendas da Ashland
Specialty Ingredients - divisão de
especialidades químicas do grupo
Ashland. A empresa teve crescimento
expressivo nesta área, nos últimos
anos, especialmente com os produtos
Natrosol (HEC) e Aquaflow (espessan-
tes líquidos) por meio de desenvol-
vimentos customizado aos clientes”,